No coração do Parque Natural da Serra de Aire e Candeeiros, há…
Reza a lenda que foi um árabe, há mais de mil anos,…
Seguimos caminho por Guimarães, berço de Portugal e guardiã de memórias antigas….
por
José António Gomes
A artrose da anca (coxartrose) é uma condição degenerativa que afeta a articulação entre o fémur e a bacia. Ela ocorre quando a cartilagem que reveste as superfícies articulares se desgasta. É mais comum em pessoas com mais de 50 anos, mas também pode afetar os mais jovens, em consequência de lesões traumáticas, anomalias congénitas ou predisposição genética.
Atinge 10 a 20% da população após os 60 anos, tendo maior incidência nos homens até aos 45 anos e nas mulheres após esta idade. Entre os fatores de risco mais comuns para o seu aparecimento está a idade avançada: é natural haver desgaste da cartilagem com o envelhecimento. A capacidade de regeneração da cartilagem diminui, o que resulta no enfraquecimento e desaparecimento da camada protetora da articulação.
Outros fatores de risco importantes incluem o sedentarismo, o excesso de peso, os traumatismos, as doenças inflamatórias articulares bem como as patologias que deformam a articulação da anca provocando o seu desgaste precoce.
O sintoma principal é a dor referida à anca (região da virilha), podendo irradiar para a nádega, para a face anterior da coxa ou, por vezes, ser referida como uma dor no joelho.
Com o tempo, a dor pode intensificar-se e ocorrer durante atividades quotidianas e, numa fase mais avançada, mesmo em repouso.
A rigidez é frequente, tornando difíceis tarefas simples como calçar meias ou apertar os atacadores, agachar ou cruzar as pernas.
Nas fases tardias da doença, com progressivo desgaste e colapso da cabeça femoral pode ocorrer o encurtamento do membro, o que agrava a claudicação (coxear).
É importante não ignorar os sintomas. O diagnóstico da artrose da anca é baseado na avaliação clínica e nos exames de imagem que permitem avaliar o grau de evolução da doença. O tratamento visa aliviar os sintomas e melhorar a função. Em estadios iniciais, as opções de tratamento conservador podem ser suficientes, como mudança no estilo de vida, controlo do peso, exercício físico regular e evitar atividades de impacto; analgésicos/anti-inflamatórios; fisioterapia/exercícios de fortalecimento muscular e alongamentos; e uso de bengalas, canadianas, andarilhos.
Em casos mais avançados, pode ser necessária a realização de uma cirurgia, que pode passar por: artroscopia, para reparação de lesões intra-articulares); osteotomia, cirurgia para realinhar a articulação e aliviar a pressão sobre a área danificada; ou artroplastia (colocação de prótese), o gold standard no tratamento da artrose da anca. A constante evolução e melhoria nas técnicas e performances cirúrgicas e o uso de novos materiais biocompatíveis, que permitem melhor fixação e maior resistência ao desgaste, têm aumentado o grau de segurança e os excelentes resultados da artroplastia da anca. Esta é uma das cirurgias mais frequentemente realizadas em todo o mundo.
José António Gomes, Ortopedista no Hospital CUF Viseu
por
Joaquim Alexandre Rodrigues
por
Clara Gomes, pediatra no Hospital CUF Viseu
por
Ricardo Almeida Henriques
por
Joaquim Alexandre Rodrigues
por
João Pedro Fonseca