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A Associação Portuguesa para as Perturbações do Desenvolvimento e Autismo de Viseu precisa de novas instalações para continuar a apoiar pessoas com autismo.
A instituição social está sediada há mais de 20 anos no Hospital Psiquiátrico de Abraveses, mas precisa de mais espaço. A diretora técnica da APPDA de Viseu, Prazeres Domingues, fala de “uma luta constante de anos”.
“Nós instalamo-nos no Hospital e fomos crescendo salinha a salinha, mas, mesmo assim, as paredes não esticam. Neste momento, o nosso espaço é de todo insuficiente para a resposta que temos. Aproveitamos cada cantinho, mas não dá. É uma luta constante e a direção tem andado em diligências para passarmos para a Quinta Agrária”, disse.
Prazeres Domingues referiu que a associação tem tentado procurar novos espaços ao longo dos anos, mas sempre sem sucesso. “Tem havido promessas de outros espaços que, depois, não resultam em nada e as famílias sentem-se desiludidas, cansadas e tristes”, frisou.
A lista de espera da APPDA Viseu continua elevada, com 87 famílias, à medida que há cada vez mais diagnósticos de autismo. Prazeres Domingues lembrou que a associação não tem conseguido atender todos os pedidos de ajuda. “Nós não conseguimos e é muito triste quando cá vêm e dizemos que a gente até podia contratar mais técnicas, mas não posso pô-los a trabalhar num corredor”, lamentou.
Sem mais espaço, a instituição social, que presta apoio a mais de 300 utentes, não pode atender mais pessoas. Uma das soluções pode ser a utilização de mais espaços do Hospital Psiquiátrico, caso o departamento se mude para junto do Hospital de Viseu. Algo que Prazeres Domingues encara como um sonho.
A dirigente da APPDA Viseu apelou também ao reforço das ajudas da Segurança Social, que apoia apenas 15 famílias.
“Precisávamos que a Segurança Social apoiasse mais estas famílias porque é uma luta constante para conseguirem dar o apoio e as crianças precisam não de uma, mas de várias terapias para poderem desenvolver as suas capacidades ao máximo, para a intervenção precoce e para poderem acompanhar o currículo na escola e terem mais autonomia”, sustentou.
Plataforma quer agilizar comunicação entre utentes, famílias e instituição
A APPDA Viseu apresentou, esta tarde de quarta-feira (6 de abril), uma plataforma digital que pretende ajudar utentes, famílias e a própria IPSS. O projeto foi criado com o apoio do Banco de Portugal.
Prazeres Domingues adiantou que a plataforma “nos permite agilizar a comunicação com as famílias” e traz “um registo diário de estratégias e de comunicação com o que é feito pelos terapeutas, para ser partilhado com as escolas e outros terapeutas”. “É preciso criar uma rede de intervenção para que possamos fazer todos o melhor trabalho”, acrescentou.
O administrador do Banco de Portugal, Hélder Rosalino, passou esta tarde pela APPDA, onde elogiou o trabalho desenvolvido pela associação e agradeceu ainda a três funcionários da instituição que sinalizaram o projeto.
“O Emanuel, a Daniela e o Nuno trouxeram este projeto ao Banco de Portugal e, num contexto competitivo porque temos um concurso interno para apoiar projetos desta natureza, tentamos apoiar aquilo que nos parece o melhor. Este projeto esteve em competição com cerca de 20 outros projetos e foi votado maioritariamente pelos empregados do Banco de Portugal”, frisou.