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A Comissão de Proteção de Crianças e Jovens (CPCJ) de Viseu tem em mãos 91 processos de crianças vítimas de violência doméstica, números que se referem aos primeiros cinco meses do ano. Em 2022 foram sinalizadas 108 crianças.
São, na maioria, filhos das vítimas de violência doméstica e que desde 2021 passaram a ter também o estatuto de vítimas.
Segundo Anabela Guedes, presidente da CPCJ, o número de casos aumentou depois da pandemia e abrangem crianças entre os 6 e os 12 anos. “Verifica-se também que se trata de uma problemática que aumentou em famílias de média/alta classe”, refere.
Ainda de acordo com a responsável, em anos anteriores, as problemáticas maiores eram o absentismo escolar. A maioria dos processos chega via autoridades de segurança (PSP e GNR).
Já a Associação Portuguesa de Apoio à Vítima (APAV) anunciou que quase um terço (31,6%) das crianças e jovens vítimas de crime e de violência que apoiou em 2022 são filhos dos autores dos crimes. Uma problemática que no distrito de Viseu, de acordo com os dados divulgados, abrangeu menos de 50 crianças.
“A relação da vítima com o autor ou agressor tem predominância de filhos e pais, correspondendo a 31,6% dos casos de crianças e jovens vítimas de crime e violência apoiadas em 2022 pela APAV”, lê-se no estudo intitulado “Crianças e Jovens Vítimas de Crime e de Violência – Estatísticas 2022”, divulgado esta quinta-feira.
A APAV destaca também no estudo que 9% dos casos (231), foram vítimas de outros familiares, como tios, primos, cunhados, entre outros.
O estudo revela que 5,9% (153) das crianças e jovens vítimas em 2022 são enteados agredidos pelos padrastos ou madrastas.
Houve 105 crianças e jovens vítimas de colegas da escola, 54 sem relação alguma, 45 vítimas dos avós, 39 de vizinhos, 34 de ex-namorados, 22 de irmãos, entre outras relações. Há 831 casos em que se desconhece a relação entre a vítima e o autor do crime.
Em 2022 chegou ao conhecimento da APAV um total de “2.595 autores de crime e violência” e desse total 55,5% (1.440) era do sexo masculino.
O estudo revela ainda que 72 autores dos crimes contra crianças e jovens em 2022 (2,8%), são estudantes.