Rimas Sociais, um podcast que dá voz às causas sociais urgentes através…
Neste episódio de “A comer é que a gente se entende”, descobrimos…
A taróloga Micaela Souto Moura traz as previsões do Tarot, na semana…
Santa Maria da Feira recebe sábado à tarde a prova de perícia “A Descida Mais Louca da Malápia”. A prova vai contar com 39 carros artesanais criados por famílias, empresas e grupos de amigos e deverá receber “em espírito de rali” cerca de 9.000 espetadores. O distrito de Viseu estará representado com participantes de Carregal do Sal.
Segundo a organização, a cabo da Associação Malapeiros Rolantes, a festa já não se restringe a participantes do concelho da Feira e este ano alarga-se também a equipas do Carregal do Sal, onde “também há adeptos do bom humor, da alegria e de alguma adrenalina, já que o troço implica sempre algum risco, dadas as curvas apertadas da estrada, a inclinação do piso e os diversos obstáculos da gincana”, como explicou o presidente.
Sobre os números, Vítor Duarte explicou que registou esta audiência na edição de 2024 e espera mantê-la ou superá-la este ano, já que o percurso de 1,8 quilómetros no centro da freguesia de São João de Ver, no referido concelho do distrito de Aveiro e Área Metropolitana do Porto, atrai muita gente “que gosta deste tipo de gincana, com os carros a descer por curvas muito acentuadas, numa estrada de declive considerável”.
Com um aumento de 25% no número de equipas participantes, já que em 2024 elas eram 31 e este ano chegam às 39, a iniciativa implica um investimento na ordem dos 20.000 euros, à base sobretudo de donativos e patrocínios, e envolve o trabalho de cerca de 200 pessoas, no que se incluem 62 pilotos e copilotos – entre os quais o presidente da Câmara Municipal da Feira, Amadeu Albergaria, e, noutro carro, o seu irmão Nuno Albergaria, presidente da Junta de São João de Ver.
Para Vítor Duarte, que preside à associação Malapeiros Rolantes, essa participação demonstra “o brio comunitário da freguesia, que se envolve com entusiasmo na construção dos carros – todos sem motor e movidos só por força da gravidade, mas podendo demorar umas 40 horas a criar e custar muito dinheiro, consoante o empenho e o engenho das equipas” que neles trabalham.
“Há uns carros que são feitos por membros da mesma família, na garagem ou pátio de casa; há outros que são feitos por colaboradores da mesma empresa, nas horas vagas; e ainda há aqueles que são feitos por dois ou três amigos que podem nem perceber muito de mecânica, mas se juntam por carolice para criar uma máquina que, mesmo se não for muito rápida, é sempre divertida”, garante o presidente da associação à Lusa.
Essa componente lúdica prende-se com o facto de cada equipa escolher um tema ao seu gosto para decoração das viaturas e muitas vezes evocar nessa estética temas relacionados com a freguesia e o concelho – apostando, por exemplo, num veículo em forma de rolha de champanhe, em alusão à indústria corticeira, ou num carro com a forma de malápio, em referência à maçã autóctone que ficou para a história por ter sido oferecida pelos habitantes ao rei D. Manuel II, na sua passagem pela freguesia para inaugurar a Linha Férrea do Vouga, e depois atirada pelas crianças aos comboios que passaram a atravessar São João de Ver.