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As obras de modernização da Linha da Beira Alta no troço Pampilhosa – Mangualde encontram-se concluídas, na sua totalidade, desde março, reiterou hoje a Infraestruturas de Portugal, dependendo a sua reabertura de “vistorias necessárias à emissão de certificados de conformidade”.
“A Infraestruturas de Portugal (IP) reitera que as obras de modernização da Linha da Beira Alta no troço Pampilhosa – Mangualde encontram-se concluídas, na sua totalidade, desde o passado mês de março, sendo que a abertura completa à operação da linha até à Pampilhosa, incluindo a nova concordância de ligação à Linha do Norte, será possível assim que se conclua o conjunto de vistorias necessárias à emissão de certificados de conformidade”, frisou.
Durante a manhã de quinta-feira, um responsável da IP disse, num Seminário de Transporte Ferroviário que decorreu no Porto, que as obras ferroviárias na Linha da Beira Alta vão acabar no final do semestre, havendo depois lugar à certificação, com uma calendarização mais incerta.
“Temos previsto acabar as obras ferroviárias no final deste semestre, final de junho/princípios de julho, e depois entra-se na fase de certificação, e a fase de certificação é uma fase que nós não sabemos quanto tempo é que vai durar, porque depende de entidades independentes sobre as quais a IP não tem qualquer controlo”, sustentou Henrique Teles.
Nesta ocasião, o responsável da IP referiu que esperavam que as certificações estivessem completas no segundo semestre.
“O senhor ministro [das Infraestruturas, Miguel Pinto Luz] já disse que [a certificação] ia sair no verão, portanto é essa a nossa expectativa, de termos no verão a certificação concluída”, alegou.
Em comunicado enviado à agência Lusa, a IP esclareceu que a reabertura da linha está dependente da emissão de certificados de conformidade no âmbito da regulamentação nacional de aplicação ferroviária (regras nacionais) para a Diretiva (UE) 2016/797 – Interoperabilidade do sistema ferroviário europeu.
“Estes certificados são necessários sempre que uma nova linha entra ao serviço ou no caso de grandes modernizações, com longas paragens, como é a situação da Linha da Beira Alta”, acrescentou.
Na nota, indicou ainda que “não obstante a conclusão das referidas empreitadas, por solicitação pela IP, estão a ser realizados trabalhos de correção decorrentes de vistorias de finalização dos trabalhos e preparação da receção provisória, situação habitual em fase final de obras públicas”.
No dia 31 de março, o ministro das Infraestruturas e da Habitação, Miguel Pinto Luz, afirmou que a obra de construção civil da Linha da Beira Alta estava concluída, mas lembrou que o período de certificação deverá demorar “alguns meses” e condicionar a sua reabertura.
O ministro das Infraestruturas e Habitação realizou naquele dia uma visita técnica à linha ferroviária da Beira Alta, entre as estações ferroviárias de Mortágua e de Pampilhosa.
No final do percurso, na estação de Pampilhosa, Pinto Luz disse aos jornalistas que o processo de certificação é longo e “vai demorar seguramente alguns meses”. Por isso, não avançou qualquer data para a sua reabertura.
A Linha da Beira Alta encerrou em abril de 2022 para ser alvo de obras de modernização, por um período previsto de nove meses.
Em novembro de 2024 reabriu o troço entre a Guarda e Celorico da Beira, enquanto o troço entre Celorico da Beira e Mangualde acabou por abrir ao serviço comercial no dia 06 de abril.
De acordo com Pinto Luz, a estratégia que o Governo delineou no ano passado com a IP, de abertura parcial de cada um dos troços, “é uma estratégia vencedora”, porque foi “permitindo aos concidadãos a utilização desta linha”.
Aos jornalistas realçou que o investimento numa obra “desta magnitude e complexidade” ficou abaixo dos 675 milhões de euros, financiada a quase 50% com fundos comunitários