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Joaquim Alexandre Rodrigues
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Miguel Varzielas, ortopedista no Hospital CUF Viseu
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Rita Andrade, Enfermeira Especialista em Enfermagem Comunitária, UCC Viseense
O distrito de Viseu produziu na campanha 2023/2024 mais de 82 milhões de litros de vinho. Os concelhos de Lamego e São João da Pesqueira foram os que mais contribuíram para estes números, com mais de 44 milhões de litros produzidos, segundo dados divulgados pelo Instituto da Vinha e do Vinho (IVV).
No total, foram produzidos em 21 concelhos da região 82 150 400 litros de vinho tinto, branco e rosado, o que daria para encher cerca de 33 piscinas olímpicas. Estas infraestruturas têm 50 metros de comprimento, 25 de largura e dois metros de profundidade.
No topo da lista de produtores estão o concelho de Lamego com 24 268 900 litros, seguido de São João da Pesqueira, com 20 208 300 litros. Juntos, os municípios da região do Douro produziram 44 477 200 litros, mais de metade do total de vinho feito na região.
O concelho de Penalva do Castelo fecha o “top 3” de produtores, com 6 602 200 litros. Já Vouzela (1 500 litros), Penedono (3 500 litros) e Oliveira de Frades (18 600 litros) são os concelhos onde se produziu menos.
Viseu, capital de distrito situada na região do Dão, aparece em sexto lugar, com 4 456 000 litros, a sua maioria vinho tinto (3 760 000).
Em relação à campanha anterior, 2022/2023, nos 21 concelhos da região produziram-se mais um milhão e 300 mil litros (1 329 800). Segundo o IVV, registou na última campanha a produção de 80 820 600 litros.
Vinho tinto foi o mais produzido na região
Os dados do IVV revelam ainda que na campanha 2023/2024, o vinho tinto foi o mais produzido no distrito de Viseu com 60 132 200 litros, seguido do vinho branco (17 405 800 litros) e rosado (4 612 400 litros).
Também aqui, os concelhos de Lamego e São João da Pesqueira foram os que mais contribuíram garantindo a produção de mais de 35 milhões de litros.
No vinho branco Lamego também surge como o concelho onde mais se produziu (5 782 100 litros), seguido de São João da Pesqueira (2 226 300 litros) e Moimenta da Beira (1 696 700 litros).
Já no vinho rosado, Moimenta da Beira foi o concelho que mais contribuiu para os números com 1 236 800 de litros. Mangualde (978 400 litros) e Lamego (515 600) fecham o “top 3”.
Crise na viticultura deixa uvas nas adegas
O setor da vinha e do vinho tem vivido momentos de crise, sobretudo pela quantidade de uvas que ficam nas adegas.
Os viticultores do Douro chegaram a organizar manifestações e foram ouvidos pelo Presidente da República. Marcelo Rebelo de Sousa chegou a admitir que a crise que se vive no Douro é “um momento de emergência nacional”.
Invocando quebras nas vendas e ‘stocks’ cheios, operadores não estão a comprar uvas aos viticultores ou estão a comprar em menos quantidade. No entanto, os agricultores alegam também que têm vindo a receber cada vez menos pelas suas uvas, enquanto os custos de produção são cada vez maiores.
Recentemente, o Instituto dos Vinhos do Douro e Porto (IVDP) afirmou que vai quantificar as parcelas de vinha que não foram vindimadas ou que o foram apenas parcialmente, após recomendação ao Interprofissional da Associação dos Viticultores Profissionais do Douro (Prodouro).
A vindima de 2024 está praticamente concluída no Douro e fica marcada por dificuldades de venda da produção, com produtores a deixar na vinha as uvas que não foram destinadas ao vinho do Porto.
Já o governo anunciou medidas como a destilação de crise e a linha de crédito de 100 milhões de euros, com juros bonificados. Esta linha visa apoiar produtores e fornecedores da uva adquirida ou a adquirir, permitindo aliviar constrangimentos de tesouraria.