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Estandarte nacional entregue à força militar que vai sair de Viseu para a Roménia

 Estandarte nacional entregue à força militar que vai sair de Viseu para a Roménia
08.04.22
fotografia: Jornal do Centro
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 Estandarte nacional entregue à força militar que vai sair de Viseu para a Roménia
14.12.24
Fotografia: Jornal do Centro
 Estandarte nacional entregue à força militar que vai sair de Viseu para a Roménia

O Regimento de Infantaria (RI) 14, em Viseu, recebeu hoje a cerimónia de outorga do estandarte nacional à força destacada para a Roménia, no âmbito da missão da NATO ‘Tailored Forward Presence’.

Esta força integra 221 militares de várias companhias, sendo 201 da companhia de atiradores (reforçada com um módulo de defesa antiaérea, um módulo de conjunto de informações e um módulo de apoio) e 20 da equipa de operações especiais. O aprontamento do batalhão aconteceu nas últimas semanas no RI14.

O comandante que acompanha esta força, Major Jorge Louro, pertence ao RI14, durante a intervenção destacou o compromisso dos militares.

“Saberemos honrar essa confiança diariamente, cumprido as tarefas de forma racional e competente, com o foco no treino e proficiência das várias valências da força, constituindo-se como uma oportunidade para partilhar experiências e conhecimentos adquiridos com forças do exercito romeno num ambiente internacional, contribuindo deveras para a visibilidade e valorização do nosso exercito e de Portugal.”, frisou.

O Major Jorge Louro destacou ainda o “peso da responsabilidade” que missões como esta representam.

“Importa realçar que o peso da responsabilidade, por nos constituirmos como a força da brigada de intervenção que representará o exercito e Portugal num cariz de treino internacional, se faz sentir sobre os nossos ombros e que, em todos os momentos, faremos com que o profissionalismo e brio desta brigada seja firmemente patenteada”, sublinhou.

A primeira força nacional destacada para a Roménia deverá sair de Figo Maduro no próximo dia 15, nas últimas semanas estiveram em treinos de preparação em Viseu, fator destacado pelo Major Louro.

“Sentindo desde o primeiro momento a missão que o nosso regimento granjeou, ao se constituir como a unidade mobilizadora desta força, saliento o comprometimento de todos que nele servem”, disse.

A cerimónia não teve público, dado o contexto de pandemia, mas o comandante da força deixou uma palavra a todos os familiares dos militares.

“Militares da ‘Tailored Forward Presence’ as minhas palavras destinam-se aos vossos familiares, que fruto da envolvência atual não puderam estar presentes neste momento de elevada importância. Apesar desta ausência, expresso convictamente que foram e serão um dos pilares que sustentam esta força, pelo apoio de retaguarda demonstrado até aqui, pela estabilidade emocional proporcionada nestes momentos de incerteza e pela hercúlea tarefa que carregarão connosco nos próximos meses”.

Força aprontada em “reduzido tempo”
Na cerimónia esteve também o chefe do Estado-Maior do Exército, José Nunes da Fonseca, que realçou o “reduzido tempo” em que foi aprontada a primeira força nacional destacada para a Roménia, que deverá sair de Figo Maduro no próximo dia 15.

“A primeira força nacional destacada para a Roménia foi aprontada em circunstâncias excecionais”, disse Nunes da Fonseca, lembrando que “a projeção de uma companhia de atiradores mecanizada no âmbito da ‘Tailored Forward Presence’ estava planeada para o final de 2022”, mas o conflito na Ucrânia “implicou a antecipação da projeção desta subunidade”.

Apesar do tempo reduzido em que “se planearam todas as etapas e se realizaram as inerentes tarefas essenciais”, a força “foi capaz de cumprir um exigente, mas concentrado, plano de aprontamento”, acrescentou.

Depois de, nos anos mais recentes, terem sido aprontadas no RI 14 forças que intervieram em teatros de operações de Timor Leste, Afeganistão, Bósnia-Herzegovina e Kosovo, agora há a “forçosa necessidade de projeção de forças da NATO para o flanco Leste da Europa”, considerou.

José Nunes da Fonseca lembrou que, na Roménia, “o exército português tem vindo a participar, desde 2017, no esforço aliado de presença e dissuasão” e que “a criação de uma brigada multinacional, orientada para o treino e a integração de unidades oriundas de diversas nações aliadas, fortaleceu a determinação coletiva e induziu confiança numa região nevrálgica para a segurança e defesa do espaço euro-atlântico”.

“Em paralelo, a NATO viu reafirmada a sua coesão e acentuada a sua vocação solidária, características cuja imprescindibilidade é hoje mais notória face ao conflito que persiste e tem vindo a agravar-se há cerca de mês e meio”, frisou.

O chefe do Estado-Maior do Exército disse que “a projeção estratégica foi planeada, e já está a ser realizada, com apenas cerca de um mês entre a decisão de emprego e o início dos movimentos”.

Dirigindo-se aos militares que vão para a Roménia, o general referiu que o Exército “não regateou esforços” para lhes proporcionar “um rigoroso e mais abrangente possível aprontamento”.

Segundo José Nunes da Fonseca, o Exército “procurou sempre encontrar as melhores soluções para atingir todos os objetivos essenciais, com enfoque na projeção das tropas e dos materiais”, equipando-os com “os melhores meios de que o Exército dispõe”.

“Consideramos-vos prontos para cumprir mais uma missão ao serviço do superior interesse nacional. No caso, missão amplamente justificada e essencial para o fortalecimento da segurança e da solidariedade no flanco Leste do espaço da Aliança Atlântica”, sublinhou.

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