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Nos dias 24 e 25 de maio, a Casa Paroquial de São Tiago de Cepões, em Viseu, acolhe a 3.ª Exposição de Orquídeas, uma iniciativa organizada pela União de Freguesias de Barreiros e Cepões, em parceria com a Associação Portuguesa de Orquidofilia (APO) e o Município de Viseu. A entrada é gratuita e o evento pretende reunir apreciadores de plantas e curiosos de todas as idades.
Para além da exposição de orquídeas, vão estar disponíveis para visita e aquisição várias outras plantas, apresentadas por viveiros e entidades de diferentes regiões do país. A programação inclui caminhadas, workshops, oficinas e momentos culturais.
O programa tem início no sábado, dia 24, às 11h00, com a abertura oficial da exposição. Às 15h00, realiza-se uma caminhada inaugural pelo circuito pedestre do Penedo do Cão, com o tema “Conhecer a Bio/Geodiversidade do trilho do Penedo do Cão”, orientada por Pedro Ribeiro, vereador do Ambiente e do Desporto da Câmara Municipal de Viseu. O dia termina com um convívio gastronómico às 19h30 e uma noite de fado, às 21h30, na Igreja de Cepões.
No domingo, dia 25, a exposição reabre às 10h00, acompanhada por uma arruada com o Grupo Controbombo. Às 15h00, decorre a avaliação das orquídeas em exposição e entrega de prémios. O workshop “Cultivo da Orquídea Phalaenopsis”, dinamizado pela APO, tem lugar às 15h30. Segue-se, às 16h30, a oficina “Entre Linhas – Palavra Puxa Palavra”, orientada por Mariana Fonseca. O encerramento está previsto para as 18h00.
As orquídeas pertencem à família Orchidaceae, uma das maiores do reino vegetal, com grande diversidade de formas, cores e tamanhos. O seu nome científico é Orchidaceae, pertencem à ordem das Asparagales e são das plantas que mais formas, cores e tamanhos apresentam no mundo.
A polinização das orquídeas é considerada complexa. “As orquídeas atraem os polinizadores com as suas cores e aromas, oferecendo em troca recompensas em forma de alimento, como néctares, cabelos alimentares, azeites, ceras ou outros compostos”, lê-se no material informativo do evento. Esta característica tem despertado o interesse de investigadores ao longo dos séculos, incluindo Charles Darwin.
Entre as várias curiosidades sobre as orquídeas divulgadas por entidades ligadas à botânica, destacam-se o facto de que as orquídeas não existem naturalmente na Antártida, devido às temperaturas extremamente baixas do continente, a maior orquídea registada pode atingir até seis metros de comprimento, como exemplares do género Epidendrum scalares encontrados no Brasil. As orquídeas não são parasitas, utilizam árvores apenas como suporte e alimentam-se de matéria orgânica em decomposição.
Algumas espécies, como a Oncidium Sharry Baby, libertam um aroma semelhante ao chocolate. Estas plantas florescem, em média, apenas uma ou duas vezes por ano, a polinização depende exclusivamente de insetos e algumas aves; o vento não contribui para o transporte do seu pólen.
Outras curiosidades são que um fóssil de orquídea com cerca de 80 milhões de anos foi identificado na República Dominicana, as plantas são autótrofas, produzindo o seu próprio alimento através da fotossíntese. Por fim, o nome “orquídea” tem origem na palavra grega “órkhis”, que significa testículo, devido à forma dos seus tubérculos subterrâneos.
A exposição em Viseu oferece uma oportunidade de contacto direto com estas plantas e com um conjunto diversificado de atividades ligadas à natureza, cultura e educação ambiental.