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Jorge Marques
Quando descobrimos que alguém em quem confiávamos já não é de confiança, isso obriga-nos a questionar tudo, até o próprio conceito de confiança. Parece que primeiro começamos por nos lembrar das boas recordações, das vitórias, das boas medidas, dos bons comportamentos e atitudes. Perante tanta coisa boa, de repente tudo se desmorona e chega-se até a questionar se isso foi mesmo real? Há opiniões científicas que nos dizem que ser traído, pelo menos uma vez, ajuda-nos a ver o mundo como realmente ele é, que isso deve ser encarado como uma aprendizagem importante! Imagine que deixava de confiar nos médicos, bancos, policias, professores, políticos e nos membros da sua família? A sua vida virava um inferno!
Estamos em vésperas de várias eleições, para Assembleia que gerará também um governo, Autárquicas e Presidenciais! Um ciclo de nove meses, tantos quantos a gestação de uma criança! Porque se fala tanto em votar e não em confiar? Talvez porque a confiança seja um sentimento escondido, porque no acreditar podemos estar errados, porque mesmo com boas medidas, literalmente falando, temos dificuldade em confiar nelas. Confronto-me muitas vezes com a solução mais fácil, aquela que nos diz que devem ser os partidos a fazer tudo para nos inspirar confiança. Mas depois penso que eles sofrem do mesmo que nós, também não tem a certeza de que confiamos neles? Isto porque o segredo da confiança está em nós mesmos e nós praticamos pouco esse musculo. Há outros valores que se tem sobreposto á confiança, a começar pela necessidade de pertença a um grupo social.
Os problemas mais graves da nossa democracia não são o termos ideias diferentes, essa é a nossa riqueza! O problema maior vem da necessidade forçada de pertença a um partido, a um grupo e o medo do que nos pode acontecer quando não pertencemos! A ciência que estudou essa Ostracização Social diz-nos que as pessoas que se sentem excluídas, neste contexto, tem no cérebro os mesmos sinais da dor física, a coisa é mesmo séria! E quando dentro dos grupos, a tendência é para nos empurrarem cada vez mais para a crença errada, a chamada Experiência de Conformidade de Asch. A tendência e pressão para concordar com a opinião daqueles que nos rodeiam.
Há duas reações possíveis nessa Ostracização Social segundo o grande escritor John Steinbeck, esse que conhecia bem a alma humana: A pessoa emerge do Grupo determinada a ser o melhor ou torna-se mau, desafia o mundo e faz as coisas ainda piores. Esta última reação é de longe a mais comum neste estigma da exclusão por diferença de opinião. Normalmente exprime-se por via de extremismos para reforçar a sua identidade e depois as pessoas começam a acreditar no que partilham. Esta Crença Errada é uma rua de sentido único…
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Joaquim Alexandre Rodrigues
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José Junqueiro
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Jorge Marques