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Incêndio em Carregal do Sal obriga à retirada de habitantes e de utentes da APCV

Depois de noite de “autêntico horror”, situação está mais calma no concelho, mas há ainda várias zonas a merecer a atenção dos bombeiros

 Incêndio em Carregal do Sal obriga à retirada de habitantes e de utentes da APCV
17.09.24
fotografia: Jornal do Centro
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 Incêndio em Carregal do Sal obriga à retirada de habitantes e de utentes da APCV
03.10.24
Fotografia: Jornal do Centro
 Incêndio em Carregal do Sal obriga à retirada de habitantes e de utentes da APCV

Vários habitantes e utentes da Associação Portuguesa de Paralisia Cerebral de Viseu (APCV), em Carregal do Sal, tiveram que ser retirados devido aos incêndios.

Os 17 utentes da APCV, instituição que se localiza em Oliveira do Conde, estão instalados no Mercado de Ideias, que se localiza em frente a Câmara Municipal. Também 10 moradores tiveram que ser retirados das suas habitações.

“Ainda não estão reunidas as condições para que os utentes da APCV regressem. Os serviços de ação social estão a dar apoio. Os habitantes já foram às suas casas para ver como estão os seus bens, mas continuamos a dar-lhes apoio com a alimentação”, explicou o presidente da autarquia, Paulo Catalino.

Segundo o autarca, neste momento a situação está mais calma no concelho, depois de uma noite de “autêntico horror”, mas há ainda várias zonas a merecer a atenção das equipas de socorro.

“Foi uma noite muito difícil em que tivemos que contar com a ajuda da população. [Agora] está mais calmo, mas temos ainda muitos focos acessos, em Parada, Sobral, Laceiras, Pinheiro, Vila Meã, temos muito focos ainda”, disse.

Paulo Catalino disse ainda que se espera um dia difícil no combate às chamas e que a falta de meios tem sido um dos grandes problemas.

“A noite foi um autêntico horror. A incapacidade de tantas e tantas necessidades e não termos meios e não termos capacidade de dar resposta a todos. Foi uma sensação de alguma impotência perante um fogo avassalador, praticamente ardeu em todas as localidades do concelho. Há corpos de bombeiros que não dormem há duas noites e precisávamos de mais meios”, disse.

Devido aos incêndios, não há aulas nas escolas do concelho, mas as instituições de ensino estão a receber os alunos que necessitem desse apoio.

O autarca lamentou ainda que a noite desta segunda-feira tenha trazido à memória “a trágica noite de 17 de outubro 2017”. “Trouxe à memória aqueles momentos muito difíceis”, lembrou.

Mais de 500 bombeiros continuam no terreno no distrito de Viseu a combater os vários fogos que ainda estão ativos.

De acordo com a proteção civil, o que mais meios mobiliza é o de Folhadal, em Nelas, e que já se estendeu ao concelho vizinho de Carregal do Sal.

Uma das situações mais complicadas está em Mangualde, com o incêndio que já vem de Penalva do Castelo.

Ainda durante a noite deflagraram mais incêndios em Castro Daire e Vila Nova de Paiva.

Devido às estradas cortadas e perigo dos fogos, não há aulas nos concelhos de Nelas, Mangualde e Penalva do Castelo. Também o município de S. Pedro do Sul emitiu um avido a dar conta de que face ao evoluir dos incêndios vão estar encerradas as escolas e jardins-de-infância de Figueiredo de Alva e Pindelo dos Milagres.

De acordo com a GNR, há cortes de estradas na A25 entre Mangualde e Chãs de Tavares, na EN234 corte total em Canas de Senhorim e Oliveirinha, e no IC2 e EN234 em Carregal do Sal. Há também corte na EN16 em Mangualde e Chãs de Tavares, bem como na A24, entre os nós de Castro Daire e Arcas.

Têm sido horas de aflição as que as populações têm vivido nas últimas 48 horas, com incêndios que já queimaram milhares de hectares de mato e terrenos agrícolas, queimaram casas de habitação e provocaram seis feridos que já tiveram alta do Hospital de Viseu.

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