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Mães contemporâneas: influenciadoras e consumidoras

 Mães contemporâneas: influenciadoras e consumidoras
01.05.22
fotografia: Jornal do Centro
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 Mães contemporâneas: influenciadoras e consumidoras
12.12.24
Fotografia: Jornal do Centro
 Mães contemporâneas: influenciadoras e consumidoras

Com a digitalização da sociedade e a mudança do papel feminino, as mulheres assumiram uma nova posição enquanto consumidoras de produtos de maternidade e para bebé. A “Escolha do Consumidor” apresenta os seus novos hábitos de consumo e a influência que estes hábitos têm no comportamento de outras mulheres.
 
A história tende a provar que a mulher sempre assumiu um papel mais qualitativo do que o homem. Contudo, elas sempre asseguraram o futuro: existem estudos que comprovam que, até 8000 a.c., a humanidade permaneceu num período chamado de caçadores/coletores, no qual o homem tinha o papel de caçar animais selvagens e as mulheres colhiam o que a natureza dava. Quando a caça não dava frutos, as mulheres resolviam o problema com o que conseguiam da natureza.
 
As diferenças entre géneros sempre foi um tema bastante trivial e antigo. O papel da mulher mudou bastante ao longo da história: com a entrada no mercado de trabalho e o equilíbrio de tarefas no seio familiar, os seus hábitos e objetivos de consumo foram alterados.
 
A “Escolha do Consumidor” explorou o tema e analisou a ampla variedade de conteúdos disponíveis e que refletem o poder das mulheres enquanto mães modernas. Estas mães apresentam um grande impacto na influência de comportamentos de outras mulheres, graças ao aumento e facilidade de acesso a informações nas últimas décadas. A procura de informação online tornou-se para as mães um género de manual prático, possibilitando serem mais informadas relativamente às escolhas que fazem e permitiu também dar prioridade a questões que as suas progenitoras não davam.
 
Diariamente surgem novos temas em fóruns maternos, vídeos no Youtube e relatos nas redes sociais que influenciam e inspiram as novas mães. Assim, o pediatra deixa de ser o grande influenciador para dar lugar às vivências da maternidade de outras mães.
 
A indústria foi desenvolvendo vários produtos para auxiliar a rotina das mães nos cuidados com os filhos. Durante muitos anos, produtos como papas e fraldas faziam parte do dia-a-dia das mães. Contudo, novas tendências e escolhas começaram a surgir na rotina contemporânea: como o apelo ao natural e à experiência.
 
Eis os novos comportamentos desta nova realidade, mediante o estudo da “Escolha do Consumidor”:
 
– Valorização da experiência
As mulheres partilham as suas experiências através das redes sociais, incentivando outras mães a adotarem uma vida mais simples, com menos embalagens e outros materiais. Passaram a valorizar o testemunho real de mães (“user experience”) relativamente à qualidade de produtos, prestação de serviço e marcas para economizar tempo e dinheiro.
 
Constatou-se que não são as marcas, diretamente, que influencia as mães, mas principalmente as vivências de outras mães com as marcas é que determinam o consumo de produtos pelas mulheres que experiencia a maternidade. As áreas de maior interesse para as mães são as da saúde e edução.
 
– Apetência pelo que é natural
Os conteúdos partilhados nas redes sociais valorizam a tendência do “natural” na maternidade, como o parto natural e o uso de soluções caseiras. No entanto, é a alimentação dos bebés que tem maior destaque nesta conversa, principalmente o prolongamento da amamentação no qual as mães millennials são as mais defensoras.
 
– Dicas das influenciadoras
Mais de metade das mães compram produtos de acordo com a recomendação de outras mães. Esta partilha de opinião é feita principalmente nas redes rociais por micro-influenciadoras (outras mães que indicam ou desaprovam produtos ou serviços nas suas contas digitais).
 
– Empowerment no núcleo familiar
A entrada no mercado laboral e a consequente mudança da dinâmica do núcleo familiar possibilitaram as mães a assumirem um papel na determinação do consumo, a nível económico e social.
 
A nível económico, atualmente o papel é partilhado em igualdade com os seus parceiros, deixando de ser um privilégio dos homens. A nível social, as mães efetuam decisões quando se trata de assuntos de saúde, educação, alimentação, bem-estar, higiene, brinquedos e também, cada vez mais, de aparelhos eletrónicos para o lar e para os filhos.
 
– Totalmente digitais
A presença da mulher no digital encontra-se consecutivamente a crescer. O estudo da “Escolha do Consumidor” permitiu concluir: mais de 50% das mulheres afirmou assistir ou ter assistido a vídeos no Youtube sobre cuidados na gravidez ou na maternidade (este número é superior no caso das mães millennials); cerca de 55% das mães com menos de 35 anos é participante em grupos de Facebook sobre cuidados na gravides e/ou maternidade, bem como em sites, fóruns e blogs especializados no assunto; e cerca de 40% das mães segue marcas no Instagram e, destas, mais de 60% concorda que esta rede social é um lugar onde aprendem sobre produtos e serviços.
 

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