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Morreu esta sexta-feira (25 de julho) Rolando da Cruz, considerado uma figura mítica do CD Tondela. Tinha 76 anos. O anúncio foi feito pelo próprio clube, que o recorda como uma personalidade “acarinhada por todos, fossem treinadores, jogadores, diretores e adeptos”.
Técnico de equipamentos do Tondela desde 1982, Rolando da Cruz – conhecido como “Velhinho” – começou a sua ligação à equipa nos anos 70, primeiro como jogador e depois como treinador.
“É desde há largos anos uma referência do nosso clube, e assim o continuará a ser”, acrescenta em comunicado o Tondela.
O emblema acrescenta ainda que, nos últimos anos e “mesmo mais ausente por estar debilitado”, Rolando da Cruz nunca deixou de “passar as suas boas energias, tendo vibrado como ninguém com o título e subida” conquistadas este ano e que permitiu o regresso da equipa à Primeira Liga na próxima época.
“Onde quer que esteja, sabemos que vai estar a torcer por nós e sempre pelo seu Tondela. Até sempre”, conclui a nota do Tondela.
Natural de Viseu, Rolando da Cruz veio para Tondela com apenas 18 anos. Foi durante largos anos o responsável pelo equipamento do Tondela cada vez que a equipa entra em campo, desde os tempos de competição na Segunda Divisão Distrital.
Numa entrevista dada em 2018 ao Jornal do Centro, Rolando da Cruz recordou as primeiras experiências no Tondela, onde entrou na época 1969/70. “Naquele tempo éramos jogadores operários. Reuníamo-nos aqui duas ou três vezes por semana para treinar. Dávamos uns pontapés na bola para ao domingo jogarmos”, lembrou.
“Quando ainda tinha aquela vontade de jogar tive uma infelicidade na vida”, contou falando da doença que o fez deixar os relvados com 32 anos. Mas a paixão pelo Tondela era tão grande que não lhe passou pela cabeça sair do clube. “Abençoada a hora em que vim para aqui”, disse.
Na mesma entrevista, Rolando da Cruz disse que tem vivido “muitas alegrias”, mas também algumas tristezas quando a equipa perde. O roupeiro do Tondela também mostrou ao Jornal do Centro a sua casa, um autêntico ‘museu’ de equipamentos do clube: um “cantinho” recheado de memórias com paredes de camisolas, fotografias e outras lembranças. Tantas que salientam o facto de Rolando ser o funcionário mais antigo do CD Tondela. A sua vida confundia-se com a história do clube que, disse, era o seu mundo e a sua família.
“É onde eu me sinto bem e enquanto puder, hei-de continuar a caminhar para aqui”, disse acrescentando que gostaria de ver o Tondela a jogar nas competições europeias. A reportagem do Jornal do Centro também pode ser vista aqui.
O funeral de Rolando da Cruz está marcado para este sábado (dia 26), às 15h00, na Igreja Matriz de Tondela.