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Não é de estranhar que na Urgeiriça, toda a vida girasse em torno das minas de urânio. E a vida do Chef Diogo Rocha assim o indica. Nascido a 31 de julho de 1983 no seio de uma família humilde, era um menino da mamã, do papá e da mana. Mimado por todos, até hoje. O avô já era mineiro e o pai merceeiro nas minas.
Moravam no bairro contruído de prepósito para os trabalhadores, uma “cidade” em ponto pequeno. Cresceu com um forte sentido de comunidade, cuidavam uns dos outros. A infância é passada entre as partidas de futebol e os matrecos. Desde pequenito sempre foi muito sociável. Rapaz de rua, irrequieto, traquina. Das aventuras resultavam, lá de vez em quando, algumas cabeças partidas. Nada de muito grave, até porque os melhores amigos ainda são os da infância.
A avó era conhecida por “Maria Alta”, ainda que não tivesse mais do que 1,60m. Tanto tempo que passou a vê-la cozinhar. As melhoras batatas fritas de sempre eram as suas, sabiam pela vida. E aquela sopa de castanhas? Já o avô, carpinteiro, tinha uma paixão por pássaros. E o neto ia com ele aos ninhos. Fazia verdadeiras obras de arte em corcódoa. Cresce com esta paixão pelas coisas simples e pela vida no campo.
Desde que se lembra, que sabia o que queria ser quando crescesse. Do alto dos seus cinco anos fez o seu primeiro cozinhado: arroz com atum. Aprendeu a cozinhar com a mãe e a madrinha. O pai também tratava a cozinha por tu… os guisados, as caldeiradas e os ensopados, nunca o deixavam ficar mal visto.
Com nove anos já cortava o fiambre e queijo na mercearia do pai e até desmanchava a carne, ainda que as freguesas não ficassem propriamente radiantes com o resultado do seu trabalho. Com o tempo lá foi aprimorando a técnica.
Com 12 anos ganhou o seu primeiro ordenado, 3 contos por um dia de trabalho. Investiu em certificados de aforro. Na escola, era mais do tipo baldas. Para as aulas levava apenas o seu caderno preto A5 bem dobrado e metido no bolso de trás das calças, e era tudo o precisava.
Com 17 anos ganhava 270 contos por mês a cozinhar, tornava-se difícil depois dar valor à escola. Já quando foi para Coimbra estudar Cozinha e Pastelaria, ai mostrou a fibra de que era feito. Foi um dos melhores alunos do curso e descobriu o gosto de estudar. Tanto que acabou por se licenciar na Escola Superior Turismo e Hotelaria do Estoril.
Desde 2004 é o chef do único restaurante distinguido com uma estrela Michelin na região centro: Mesa de Lemos. 3 livros editados. É professor.
Tem uma fiel amiga de quatro patas, com um nome pouco óbvio, a “Cook”.
Homem do Carnaval. Do bairro. E das tradições.
Homem de casa cheia. De afetos, beijoqueiro mesmo, E de gargalhada fácil. Gosta muito de cozinhar e mais ainda de comer. É assim o Chef Diogo Rocha.
Em criança era traquina ou bem comportado?
Traquina
Local na região de Viseu que mais revisita?
Urgeiriça
Tradição ou modernidade?
Tradição
Vinho que escolhia para um primeiro encontro?
Quinta de Lemos espumante
Comida de conforto preferida?
Cozido à portuguesa
Queijo que escolhia para acompanhar com um Vitela de Lafões?
Serra da Estrela curado
Pessoa que mais o inspirou?
O meu pai
Dias livres cozinha ou prefere comer fora?
As duas coisas
Ingrediente que não deixa ficar mal nenhum prato?
Azeite
Do que tem mais saudades da sua infância?
Dos meus avós
Silêncio ou música para cozinhar?
Música
Homem de dia ou de noite?
De noite, muita.
Prato que não gosta de cozinhar?
Não tenho
O que pode alegrar o seu dia?
A família e os amigos
Cumprir as regras ou questionar as regras?
Questionar e desconstruí-las
Para ver o programa completo de Pompeu José no programa “Não me apanham’noutra” basta seguir a nossa página do Youtube