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Os encarregados de educação das crianças do jardim de infância da Santa Casa da Misericórdia de Sernancelhe estão contra o encerramento da valência. O descontentamento levou à criação de uma petição, que conta já com centenas de assinaturas. Atualmente, a valência é frequentada por 18 crianças.
A Misericórdia já informou os pais que o jardim encerrará portas a 15 de agosto, uma notícia que não foi bem recebida. “Sim, sou uma mãe ansiosa porque o Jardim de Infância onde a minha filha anda, e que está aberto desde 1985, vai fechar”, começa por dizer Eunice Moreira Paiva, numa nota que também foi enviada à União Portuguesa das Misericórdias.
Para a encarregada de educação, “a partir do momento em que este jardim feche as nossas crianças deixam de ter opção: passam todas a integrar o pré-escolar público. E não, não se trata do que é melhor ou pior. Nenhum é mau, são apenas diferentes”.
Eunice Moreira Paiva lamenta ainda as razões que levaram ao encerramento da escola. “Entendo que a opção de fecho seja pressionar o Estado a colaborar mais financeiramente, mas será que vale mesmo tudo? É por sermos do interior? É por termos poucas crianças? Sim, a opção pelo fecho deste jardim e ainda por cima comunicada aos pais a 31 de maio para efetividade a 15 de agosto é uma vergonha. Não vale tudo”, disse.
Jardim de Infância com prejuízos de 40 mil euros
Os prejuízos que anualmente rondam os 30 a 40 mil euros e a situação financeira que a Santa Casa da Misericórdia de Sernancelhe atravessa são as razões que levaram à decisão do encerramento do jardim de infância.
“A instituição está numa situação complicada financeiramente. Tem uma dívida que ronda os dois milhões de euros e o jardim de infância, anualmente, dá prejuízos de 30 a 40 mil euros. Uma instituição que está nestas condições, ter esta valência aberta é impossível”, explicou o provedor da Misericórdia de Sernancelhe, Romeu Santos.
Segundo o responsável, “os acordos, nomeadamente no jardim, não são suficientes para manter a valência” e, por isso, “a decisão teve que ser tomada”. Ainda assim, o provedor lamenta o encerramento do jardim de infância e admite mesmo estar do lado dos pais.
“Os pais gostariam e têm todo o interesse em manter a valência aberta, muitos deles também cá andaram e ainda se lembram como eram tratados. Percebo o lado deles e até fico contente com esta posição, é sinal que os serviços que prestamos foram bons. Mas, infelizmente, não é viável a continuidade do jardim de infância”, explicou.
Já em relação às funcionárias, uma educadora, uma auxiliar e duas trabalhadoras a meio tempo, Romeu Santos explicou que vão ser alocadas à valência de creche.