O “Calcanhar de Aquiles” da sociedade atual

As liberdades de informação, de comunicação e expressão foram uma dura e longa luta durante anos, para hoje ser um direito de cada cidadão, reconhecido no artigo 37º da Constituição. A liberdade de imprensa permite, aos órgãos de comunicação, o direito de lutar pela restrição no acesso à informação e o de informar. Cada cidadão deve poder dizer o que quiser, sobre o que quiser, a menos que o que diga não coloque em risco ou degreda as liberdades individuais de cada um.
A liberdade de imprensa e o acesso à informação permite uma sociedade civil educada e bem informada cujo acesso lhes possibilita participar o quanto possível na vida pública da sua sociedade, ter voz e opinião.
O secretário geral das Nações Unidas da ONU, António Guterres, sublinha na sua mensagem comemorativa que “Sem liberdade de imprensa, não há verdadeiras sociedades democráticas. Sem liberdade de imprensa, não há liberdade”.
A luta contra a desinformação, a má interpretação de notícias, a restrição de informação e o ritmo “louco” em que o mundo vive, cada vez mais, torna o trabalho dos jornalistas e trabalhadores dos media mais difícil. E são muitos que correm sérios riscos de vida, de integridade física e psicológica para que a sociedade possa estar atualizada e informada e foi a estes que o Papa Francisco deixou um agradecimento no seu discurso a 01 de maio de 2022: “Um agradecimento especial àqueles que, com coragem, nos mantêm informados sobre as feridas da humanidade”.
A liberdade de imprensa é permitida e é um direito. Considerada um meio essencial para manter a sociedade informada e ativa. Mas poderão estes profissionais ser livres de informar tudo? Não! Haverá restrições na informação? Sim! Haverá livre acesso ao conteúdo? Não!
Ter a liberdade vai muito além de ser livre.

*Margarida Almeida (em estágio curricular)