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por
Pedro Calix
A participação dos jovens no desporto potencia o seu desenvolvimento pessoal e social, para além de fomentar a capacidade de aprender formas adaptadas de competir e cooperar com outras pessoas. Através da prática desportiva podem aprender a correr riscos, a ter compromisso pessoal, autocontrole e também lidar com o sucesso e com o fracasso. Entretanto, a participação por si só, não significa que tais propósitos sejam alcançados. O fator mais importante na realização destes propósitos relaciona-se com a maneira como a aprendizagem é estruturada e supervisionada pelos adultos. Nota-se desta forma, que o desporto permite muito mais do que, simplesmente, a aquisição de habilidades, sendo sobretudo, uma ferramenta muito útil no processo de formação pessoal e social de crianças e jovens.
De fato, dentro do ambiente de prática desportiva de crianças e jovens, os treinadores influenciam fortemente a natureza e a qualidade das experiências desportivas. Os objetivos que eles promovem, as atitudes e valores que transmitem e a natureza das suas interações com os atletas podem claramente influenciar os efeitos da participação desportiva.
O treinador tem a responsabilidade de acompanhar os seus jogadores a adquirir habilidades motoras, melhorar a aptidão física, aumentar as aprendizagens ao nível cognitivo e afetivo, sendo fundamental a criação de um ambiente positivo no processo ensino-aprendizagem.
Uma forma de intervenção bastante presente no ambiente desportivo, diz respeito à atitude dos treinadores em relação ao erro dos seus atletas. Para que o jogador seja capaz de avaliar a sua aprendizagem e procurar fundamentos que expliquem o erro que cometeu, é necessário que ele perceba que não foi ele que errou, mas sim a ação que realizou; dando-se assim, um carácter mais construtivista ao erro no processo de ensino-aprendizagem. Por tudo isto, exige-se por parte do treinador o entendimento de que mais do que existirem erros, existem experiências de aprendizagem, que necessitam de ser interpretadas pelos praticantes, no sentido de estes compreenderem o que de fato necessita de ser melhorado. Deste modo, as fragilidades são encaradas como algo natural, e que decorrem da própria prática, sendo consequentemente criadas condições para o desenvolvimento das competências desejadas.
Na verdade, existem algumas recomendações básicas que motivam os jogadores: evidenciação de uma abordagem positiva dos treinadores no destaque do reforço e do estímulo de comportamentos desejáveis; incentivo dos atletas sempre que exista um erro; provimento de instrução técnica de uma forma que apoie e incentive os atletas. Ao invés, os treinadores devem evitar usar abordagens negativas, nas quais, a punição e a crítica são usadas para acabar com comportamentos indesejáveis, ou seja, estes comportamentos levam a uma diminuição do divertimento no desporto, uma aversão ao treinador e ao surgimento do stress.
O papel do treinador passa por uma série de atividades, com finalidades de formação não só desportiva, mas também pessoal e social, sendo crucial o recurso a estratégias sequenciais promotoras do desenvolvimento de competências ecléticas.
Não se fala muito do Modelo de Educação Desportiva, mas na minha opinião é bastante importante abordar até porque é um modelo desenvolvido para o ensino e é essencial que o treinador intervenha segundo três grandes eixos:
Assim, as crianças e jovens ligados à prática desportiva, são ensinadas de uma maneira onde mais importante do que fazer, está o saber como fazer, o jovem praticante mais do que um fazedor tem de ser um pensador daquilo que se determina a realizar, da forma como realiza e dos resultados que obtém.
O treinador passa a ter um papel mais construtivista, tendo a tarefa de considerar a existência de diferenciação ao nível do conhecimento e da experiência de cada praticante na aplicação de formas de abordagens apropriadas com vista ao sucesso.
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João Pedro Fonseca
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Luís Cabral
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Joaquim Alexandre Rodrigues
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Inês Silva