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Paulo Ribeiro estreia em Coimbra espetáculo que explora obra de Freitas Branco e Ravel

Coreógrafo que esteve muitos anos em Viseu apresenta em Coimbra trilogia inspirada em compositores musicais de diferentes épocas

 Paulo Ribeiro estreia em Coimbra espetáculo que explora obra de Freitas Branco e Ravel
22.11.24
fotografia: Companhia Paulo Ribeiro/João Garcia
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 Paulo Ribeiro estreia em Coimbra espetáculo que explora obra de Freitas Branco e Ravel
04.12.24
Fotografia: Companhia Paulo Ribeiro/João Garcia
 Paulo Ribeiro estreia em Coimbra espetáculo que explora obra de Freitas Branco e Ravel

A Companhia Paulo Ribeiro estreia a 30 de novembro, em Coimbra, o espetáculo “Maurice Accompagné”, o arranque de uma trilogia em que o coreógrafo se inspira em compositores de diferentes épocas, este primeiro em torno de Freitas Branco e Maurice Ravel.

“Maurice Accompagné” vai ser apresentado no Grande Auditório do Convento São Francisco e é a primeira peça coreográfica de uma trilogia em que Paulo Ribeiro inspirou-se na música de compositores de diferentes épocas – início do século XX, anos 1960 e contemporaneidade.

A ideia “é um século de música e um século de vida”, em espetáculos com uma base musical “sempre muito forte” e com um compositor português a dialogar com um compositor estrangeiro, disse à agência Lusa Paulo Ribeiro.

No arranque da trilogia, a companhia cruza a obra do compositor francês Maurice Ravel (1875-1937) com a do compositor português Luís de Freitas Branco (1890-1955), dois autores do início do século XX, altura em que a dança começa a “abrir-se, a reivindicar um espaço próprio, a romper com certos cânones”, aclarou. Os dois compositores “são geniais, muitíssimo inspirados e visionários”, realçou.

O espetáculo, com coordenação musical de Luís Tinoco, conta com um quarteto de bailarinos a interpretar uma coreografia “com uma linguagem muito escrita, que passa entre algo ritual para algo celebratório, que anda aos saltos de um lado para o outro”, afirmou o coreógrafo.

De acordo com Paulo Ribeiro, “está muito presente a ideia da densidade e de um corpo humano reivindicativo e transformador”.

Para o coreógrafo, havia uma vontade de captar “a energia daquela altura, das vontades, dos desejos e dos sonhos que punham o ser humano à frente”.

Depois da estreia em Coimbra, o espetáculo será apresentado no Centro Cultural de Belém, em Lisboa, e no Teatro Nacional de São João, no Porto, já em 2025.

No próximo ano, será também apresentado o segundo espetáculo da trilogia, que se irá debruçar sobre o início do século XXI, numa composição original de Luís Tinoco, que irá dialogar com o compositor holandês Louis Andriessen (1939-2021), referiu.

Em 2026, a trilogia termina com uma peça centrada nos anos 1960.

O espetáculo que estreia em Coimbra é uma coprodução do Centro Cultural de Belém, do Teatro Nacional São João e do Convento São Francisco.

 Paulo Ribeiro estreia em Coimbra espetáculo que explora obra de Freitas Branco e Ravel

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