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Delegado à mesa de voto consulta a lista de eleitores para a Câmara Municipal do Porto, 12 de outubro de 2025. Decorrem este domingo as eleições autárquicas em Portugal onde mais de 9,3 milhões de eleitores podem votar. Os eleitores vão escolher os órgãos dirigentes das 308 Câmaras Municipais, 308 Assembleias Municipais e 3.221 Assembleias de Freguesia, pelo que há três boletins de voto. MANUEL FERNANDO ARAÚJO/LUSA
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P’ia Fora na Quinta da Comenda onde a resistência é futuro

 P’ia Fora na Quinta da Comenda onde a resistência é futuro
11.05.25
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 P’ia Fora na Quinta da Comenda onde a resistência é futuro
16.10.25

Há quase uma década que se dedica de corpo e alma a gerir a Quinta da Comenda, um espaço carregado de memória e de vida, ali entre Viseu e S. Pedro do Sul. Ângelo Rocha é sinónimo de bio, de cultura, de empenho, de raízes e de visão de futuro.

É sábado, dia de mercado aberto na Quinta, que acontece todas as semanas. Para além de se poder comprar produtos locais, biológicos, germinados, cuidados e colhidos com o tempo certo, é sempre ocasião para conhecer gente interessante e o Ângelo faz questão de nos apresentar a todos.

Mas antes de tudo, há que conhecer a história deste lugar. Uma história que começa na época medieval, antes mesmo de Portugal ser Portugal. Aqui era ponto de encontro entre dois reinos: a sul, o reino muçulmano; a norte, o reino cristão. E durante mais de um século, coexistiram como vizinhos. 

Desde então, a Quinta foi sempre lugar de passagem, de hospitalidade e de produção agrícola. A vinha sempre foi rainha por aqui e há registos de produção desde o século XIV. E é curioso como, tantos séculos depois, essa tradição não só se manteve, como se renovou.

Estrada Nacional 16, que liga a fronteira ao mar, passa aqui perto. Quem vira à esquerda e atravessa o corredor de árvores, chega ao largo da entrada da Quinta da Comenda. De um lado, uma capela; do outro, uma piscina e a zona de lazer. À frente, a casa principal, com uma enorme porta de madeira e, no alto, a cruz esculpida da Ordem de Malta.

Este é o lugar que sobreviveu a reis, revoltas e reformas. Em 1635, por exemplo, o comendador da altura recusou-se a pagar impostos a Filipe III de Espanha.

A Quinta da Comenda passou pelas mãos da coroa, das ordens e, finalmente, em 1984 foi comprada pelos pais de Ângelo Rocha, José e Laura Rocha. Ele, médico, ela, portuense, sonhavam com uma Quinta unida, onde pudessem valorizar a terra, o vinho e a hospitalidade. E foi ao impedir que abatessem as árvores centenárias da propriedade que José Rocha acabou por comprar a Quinta.

A partir daí, foi sempre a inovar. Em 1985, Ângelo esteve na origem da AgroBio, a Associação Portuguesa de Agricultura Biológica, e convenceu o pai a fazer da Quinta um projeto pioneiro nesse setor. Um médico que defendeu a agricultura biológica quando pouco se falava disso, ligando alimentação e saúde de forma visionária.

Foram os primeiros a produzir vinho biológico em Portugal. Mais tarde chegou o agroturismo com seis quartos, cada um com nome inspirado na história do lugar. Hoje, esses quartos ajudam a sustentar a Quinta que se mantém fiel às práticas antigas, onde se continua a cultivar centeio, a manter o moinho a funcionar e a valorizar as tradições e memórias da terra.

Para Ângelo Rocha, preservar a memória é mais do que nostalgia. É a estratégia para o futuro. 

Este é mais um episódio do P’ia Fora. Para ouvir com tempo as histórias de quem faz desta Quinta um lugar de resistência e de futuro.

 P’ia Fora na Quinta da Comenda onde a resistência é futuro

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