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Joaquim Alexandre Rodrigues
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Jorge Marques
José Guilherme Pereira deixou Portugal há três anos, altura em que se mudou de malas e bagagens para Munique, na Alemanha. O engenheiro eletrotécnico e de computadores, natural de Viseu, mudou-se para terras germânicas depois de ter recebido uma proposta de trabalho.
No nosso país, o jovem, de 29 anos, trabalhava numa empresa internacional de investigação e desenvolvimento de software. Estava integrado numa unidade, que ajudou a fundar, e que desenvolvia sistemas inteligentes, que tinham como destino final o mercado alemão, em concerto o ramo automóvel.
“Uma das razões que me levou a emigrar foi de cariz profissional. Foi-me oferecida uma posição de relevo numa empresa alemã de prestígio internacional na indústria automóvel. A oportunidade de poder ajudar a desenvolver um produto que impacta milhões de pessoas diariamente, fez com que a mudança para um novo país fosse tomada de bom grado”, explica.
Na Alemanha, José é responsável pela “arquitetura e desenvolvimento de software de alguns componentes do sistema de infotainment na geração atual e futura” dos veículos da BMW.
Para além de ser a cidade onde trabalha, o engenheiro optou por viver em Munique por esta ser uma das localidades que oferece “grande qualidade de vida” aos seus moradores, apesar de ser também uma das mais caras, em termos de custo de vida em solo germânico.
Como já conhecia a cidade onde agora vive e o país que o acolheu, o viseense não sentiu grandes dificuldades na adaptação à nova realidade.
“Profissionalmente, a posição onde me encontro agora é algo que quero e tenho gosto em fazer. Pessoalmente, sempre fui bem recebido pelos meus colegas, como pessoas pelas que vivem na cidade”, adianta, salientando que como Munique é “uma cidade muito internacional”, que acolhe pessoas de quase todas as nacionalidades, “tem um ambiente cativante para pessoas que não sejam de naturalidade alemã porque permite conhecer diferentes culturas e fazer novas amizades com pessoas que se encontram em situações semelhantes à tua”, conta.
Também por isso José nunca se sentiu discriminado por ser estrangeiro e garante que sempre foi “bem recebido pelo povo alemão”.
O que mais gosta no país governado pela chanceler Angela Merkel, é “a cultura do povo”, mas também a sua localização, no centro da Europa.
“A existência de imensos parques, lagos e montanhas permite uma maior ligação com a natureza. O povo alemão tem uma grande cultura em fazer e percorrer trilhos e isso permite explorar da melhor maneira todos esses lugares. O que menos aprecio é a instabilidade do tempo. Tanto está solarengo, como está a trovejar”, refere, em jeito de lamento.
Por norma José Guilherme Pereira visita Portugal duas ou três vezes por ano. É da comida lusitana que mais sente falta. Considera que não há “nada melhor [no mundo] que a gastronomia portuguesa”. Às vezes ainda confeciona alguns pratos típicos em casa ou para matar saudades até vai a restaurantes portugueses, ainda que nada se compare com “o sabor dos pratos confecionados em Portugal”.
Voltar a terras lusitanas não está nos seus planos a curto e médio prazo.
“Quem sabe se no futuro exista uma boa oportunidade que me leve de novo a Portugal”, diz.
Nem a pandemia o fez querer regressar. A Covid-19 não afetou muito o seu trabalho, uma vez que pode exercer funções à distância. Já na vida pessoal, registaram-se algumas mudanças uma vez que os confinamentos o impossibilitaram de realizar algumas “atividades que fazia regularmente”.
O novo coronavírus só teve a vantagem de lhe ter facilitado “a criação de novos hobbies” e de se “aventurar em novos projetos em que outrora não teria tempo”.