A Comunidade Intermunicipal do Oeste deu as boas vindas ao ‘Post Tour…
A taróloga Micaela Souto Moura traz as previsões do Tarot, na semana…
Sabia que é possível parecer mais jovem e elegante com os seus…
por
Raquel Costa, presidente da JSD Concelhia de Tarouca
por
Joaquim Alexandre Rodrigues
por
Joaquim Alexandre Rodrigues
A 29 de outubro deste ano, a equipa de juvenis do Repesenses viajou até Castelo Branco para defrontar o Benfica local. O jogo dizia respeito à Segunda Divisão de Juvenis. Enquanto as equipas aqueciam, a poucos instantes de o encontro iniciar, Victor Albernaz, massagista da equipa de Repeses, concelho de Viseu, foi-se apercebendo de que um atleta do clube adversário colocava várias vezes a mão no peito.
“O jogo foi decorrendo e ele estava a jogar do lado do banco dos suplentes e reparei que ele continuava a pôr a mão no peito e parecia estar mais aflito”, começa por contar Victor Albernaz ao Jornal do Centro.
Por estar próximo do jogador enquanto o jogo decorria, o massagista do Repesenses foi perguntando ao atleta se estava bem. A resposta era sempre afirmativa. Até que, ainda durante a primeira parte, o jogador parou, sentou-se no chão e deitou-se.
“Sinalizei a situação, o árbitro chama a equipa médica do Benfica de Castelo Branco. Fui também até lá, comecei a ficar preocupado, vi a pressão cardiorrespiratória e estava bem. Ele desmaiou numa fração de alguns segundos, mas restabeleceu. Fui falando com ele, medi-lhe a pulsação. Disse à equipa médica do Benfica de Castelo Branco que o jogador não deveria continuar e ele deixou o jogo”, descreve o massagista que já tem uma longa carreira nas equipas de futebol do distrito.
O jovem, que tem 15 ou 16 anos, tinha a pulsação nos valores considerados normais. “Felizmente situações destas são esporádicas, mas assustou”, reconhece o Victor Albernaz. “Não sabemos se foi um problema cardíaco. Pode ter sido um estado de ansiedade, quebra de tensão… Como o vi sentado, deitado, a primeira coisa que fiz foi ter com ele”, descreve.
Este domingo, 12 de novembro, no jogo entre o Repesenses e o Marialvas, pelas mãos de Pedro Almeida, vice-presidente da Associação de Futebol de Viseu, o massagista do Repesenses recebeu um cartão branco. Foi feito aí um reconhecimento oficial pela assistência prestada ao jogador do Sport Benfica e Castelo Branco.
“Foi a primeira vez que recebi um cartão branco, mas se por cada atitude destas recebesse um, teria quase meia dúzia. Mas não fazemos isto para receber cartões. É o instinto”, confessa. Victor Albernaz confidencia que “receber um cartão branco toca no íntimo”. “Não posso mentir. Fiquei orgulhoso e contente, agora não muda os meus procedimentos. Se não recebesse cartão branco e amanhã tornasse a acontecer, eu iria fazer exatamente a mesma coisa”, garante.
A carreira de Victor Albernaz como massagista começou no Farminhão, passou pelas seleções de Viseu, Académico de Viseu, Mangualde, Social de Lamas, Tondela, Viseu 2001, Lusitano de Vildemoinhos e Casa do Benfica de Viseu até chegar ao Repesenses. São mais de 30 anos ligados ao futebol.