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As instituições sociais da região de Viseu não têm de ficar presas às dificuldades financeiras e ter “criatividade” para fazerem face a elas e precisam de profissionalizar os seus recursos humanos. Os reptos foram deixados esta quarta-feira (21 de maio) na abertura das Jornadas da Pastoral Social da Diocese de Viseu pelo padre Manuel Clemente.
No seu discurso, o vigário da Pastoral Social destacou as dificuldades que as IPSS têm sentido nos últimos anos como a pandemia, a guerra na Ucrânia, a inflação, a falta de mão de obra e as guerras económicas, referindo que as consequências refletem-se nas instituições. “Temos de olhar para aquilo que são as oportunidades, temos de ter criatividade e não ficarmos presos nas dificuldades financeiras que vão surgindo”, apelou.
O padre Manuel Clemente também alertou para a necessidade de profissionalização dos recursos humanos, “que são a base da estabilidade para as instituições”.
O sacerdote também frisou a “gestão, organização e sucesso” como ingredientes fundamentais para a longevidade das instituições e destacou que, ao contrário das empresas que procuram o lucro, “as IPSS têm como objetivos maiores o bem estar psicológico, espiritual e social dos utentes e a realização dos colaboradores”.
O padre falou no início das Jornadas da Pastoral Social, que decorrem até sexta-feira (dia 23) no auditório do Seminário Maior. Hoje, foram abordadas as “especificidades da relação laboral nas IPSS”. Entre os temas que também estão em destaque estão os “recursos humanos e o utente como essência da missão” e a “caridade na modernidade”.
Manuel Clemente sublinhou a pertinência dos temas escolhidos, dizendo que contribuem para o “despertar para a realidade e importância das IPSS como um coração social dinâmico nas comunidades”.
A advogada Isabel Couto, que falou sobre as relações com os trabalhadores das instituições, admitiu que há muita dificuldade na contratação de mão de obra qualificada, mas também enalteceu o trabalho dos párocos que “além da sua nobre missão pastoral assumem, também, com coragem e dedicação, a direção dos Centros Sociais e Paroquiais da Diocese de Viseu”.
“São líderes que não só orientam com sabedoria e fé, mas também arregaçam as mangas e se colocam ao serviço, inspirando equipas, tranquilizando famílias e acolhendo cada utente como um verdadeiro irmão em Cristo”, disse.
Já o bispo de Viseu, D. António Luciano, salientou a importância da caridade, solidariedade, partilha e apoio a quem mais precisa no trabalho das instituições. Dirigindo-se aos colaboradores das IPSS, o prelado disse-lhes que “além de funcionários da instituição, são agentes pastorais nesta dimensão social, ou seja, devem olhar para a pessoa humana e para os problemas à luz do Evangelho”.
Cerca de 85 pessoas estão inscritas para cada dia das Jornadas da Pastoral Social, um número que corresponde às expetativas da organização, mas que também reflete o trabalho feito previamente através de um contacto pessoal às várias instituições sociais paroquiais, sendo que na Diocese de Viseu existem cerca de 70.