A primeira viagem desta VII Temporada começa em Caldas das Taipas, uma…
Começamos esta nova temporada onde a água é quente, as histórias são…
Prepare-se para novas viagens cheias de encanto, memórias e segredos bem guardados….
por
Joaquim Alexandre Rodrigues
O poder local democrático já teve melhores dias. Resolvidos os grandes problemas da infra-estruturaçãobásica (estradas, água, saneamento, lixo, …), os municípios caíram na rotina. Entregaram-se às clientelas. Mexem-se muito mas não saem do sítio. Estão a perder a confiança dos cidadãos.
Nos tempos que correm, como há mais dinheiro do que ideias, muitos municípios são pouco mais do que comissões de festas e de animação de tempos livres para seniores.
Nos tempos que correm, como há mais fuga às responsabilidades do que determinação, os problemas mais agudos da governação municipal são atirados para longe dos cidadãos, para uma constelação de instituições não eleitas que gravitam à volta dos autarcas e das autarquias (CIMs, empresas públicas e privadas de fornecimento de serviços).
Estas estruturas evitam dores-de-cabeça aos eleitos quando estão no activo e garantem-lhes um santuário confortável quando são corridos pelo voto ou atingem o limite de mandatos. Pior ainda: funcionam com lógicas de bloco central, são um festim para os boys, inflacionam os preços dos serviços que prestam e escapam ao escrutínio democrático. Não são higienizáveis pelo voto dos cidadãos.
O que acabo de descrever aplica-se por inteiro ao que se está a preparar para as águas de Viseu. Em Junho, a câmara e a assembleia municipal, com os votos a favor do PSD e os votos contra da oposição, deliberaram entregar as águas do concelho a uma sociedade anónima de capitais públicos bem distante: à Águas do Douro e Paiva, SA.
Lá está. Agora é assim. Quando há um problema, pega-se nele e atira-se para longe. Esta deliberação do PSD, a três meses dos votos, não tem perdão. Foi feita nas costas dos cidadãos e não mostrou respeito nenhum pela sua vontade. Nunca nenhum candidato de nenhum partido tinha dito que ia entregar a nossa água a quem quer que fosse.
É inecológico e caríssimo ir derreter 72 milhões de euros num cano quilométrico para trazer a água desde Oliveira de Azeméis até às torneiras viseenses. Com este dinheiro faziam-se duas barragens na nossa região, uma na bacia hidrográfica do Mondego, outra na do Vouga. Há que reverter esta deliberação. Há que evitar que os viseenses sejam obrigados a pagar, nas suas facturas mensais, o custo absurdo deste cano.
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Joaquim Alexandre Rodrigues
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Fernando Barata, pneumologista no Hospital CUF Viseu e Hospital CUF Coimbra
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Manuel Mirandez
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Joaquim Alexandre Rodrigues
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Elizabeth Real - Vice-reitora da Universidade Portucalense