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Uma das principais prioridades no concelho de Tabuaço, após o incêndio rural da semana passada, é tornar o troço que liga a vila à localidade de Távora segura à circulação, disse hoje à agência Lusa o presidente da Câmara.
“São praticamente quatro quilómetros da Estrada Nacional 323, num troço que há uns anos se tornou municipal e por onde o incêndio passou. Com a chegada das chuvas a via pode ficar perigosa, porque há o perigo de rolarem pedras e troncos”, referiu Carlos Carvalho.
O autarca acrescentou que “os primeiros trabalhos de segurança serão assegurados pela Proteção Civil municipal”, mas aquele troço “precisa de uma intervenção maior, a médio prazo”, para a qual terá de haver ajudas do Governo.
O autarca esclareceu que, cortando a via ao trânsito, a população de Távora tem de fazer “mais de 20 quilómetros” para ir à vila de Tabuaço e, por isso, tem de se “planificar muito bem o trabalho de recuperação” com as restantes entidades.
Os quatro quilómetros entre a vila de Tabuaço, sede de concelho no norte do distrito de Viseu, e a localidade de Távora são agora feitos com calma e atenção redobrada, uma vez que na berma há pedras, torrões, troncos e ramos.
O incêndio que esteve à porta da localidade de Távora desceu a encosta e “talvez por isso a velocidade tenha sido menor que no ano de 1994, em que o fogo vinha de baixo e varreu isto num piscar de olhos”, contou à Lusa António Fernandes.
Aos 81 anos, o morador disse que foram os “dois grandes incêndios” que testemunhou e, agora, “se não eram os aviões o incêndio chegava à povoação e ia por aí abaixo”.
“Não há quem se meta nessas encostas. Antigamente ainda subíamos isso para ir à lenha para nos aquecermos no inverno, mas agora, com gás e eletricidade, quem é que precisa de lenha? Isso está cheio de mato e já ninguém consegue passar”, indicou.
Em Távora, a população disse que “ninguém se pode queixar”, porque “não faltaram bombeiros nem aviões” e, no concelho de Tabuaço, “deve ter sido dos poucos sítios onde o incêndio andou mais perto”.
“Arderam várias coisas ligadas à agricultura aí em alguns sítios. Aqui, felizmente, só uma senhora é que ficou sem a horta. A casa foi salva pelos bombeiros. Ao tempo que ela anda a pedir para lhe cortarem os pinheiros que tem em cima da casa, mas quem é que os corta? Ninguém sabe de quem são”, adiantou António Fernandes.
A moradora, acrescentou, “hoje nem está, o filho que está fora levou-a a passear com os netos”.
“Ainda deve estar um bocadinho assustada. Ainda bem que foi passear”, defendeu.
O presidente da Câmara, Carlos Carvalho, disse que os técnicos andam no terreno a fazer um “levantamento rigoroso” do que ardeu. Por alto, sabe que “foram barracões, pasto dos animais, umas escadas e um espaço com potencial turístico”.
“Mas temos de ver muito bem o que aconteceu. Também temos de saber muito bem que tipo de apoios vai haver e se os agricultores terão algum apoio, porque em alguns casos pode não parecer muito, mas é o sustento”, indicou.
O fogo que chegou a Tabuaço teve origem em dois incêndios – um que deflagrou no dia 13 em Sátão (distrito de Viseu) e outro no dia 09 em Trancoso (distrito da Guarda), e que na sexta-feira (dia 15) se tornou num só, afetando num total 11 municípios dos dois distritos.
Sátão, Sernancelhe, Moimenta da Beira, Penedono e São João da Pesqueira (distrito de Viseu); e Aguiar da Beira, Trancoso, Fornos de Algodres, Mêda, Celorico da Beira e Vila Nova de Foz Côa (distrito da Guarda) foram os concelhos atingidos.
Este incêndio entrou em resolução pelas 22:00 de domingo, 17 de agosto.