O futuro do turismo interno passou por Anadia. Durante três dias, mais…
A bússola aponta para a natureza, a paisagem e o poder do…
No coração verde do concelho de Viseu, Côta é uma aldeia onde…
O dono do parque aquático do Almargem, em Viseu, cujas obras estão paradas há vários anos, desistiu do investimento. A revelação foi feita esta quinta-feira pelo presidente da Câmara, Fernando Ruas, que já reuniu com o investidor.
Ruas, , tinha dado aos promotores um prazo para definir a situação da obra avaliada em mais de 26 milhões de euros. A reunião já aconteceu e o empresário não manifestou vontade em seguir com o investimento.
“O empresário mostrou abertura em vender a parte dele (no projeto) e percebe-se porque é alguém que não tem aqui nenhuma ligação. Portanto, quer naturalmente salvaguardar os seus interesses, o que é legítimo”, disse o presidente da Câmara.
Segundo Fernando Ruas, o projeto pode ter agora outros interessados. “Pensamos que sim. É disso que estamos a tratar e pensamos que pode haver interessados”, garantiu aos jornalistas. O autarca salientou também que a Câmara quer uma solução para o espaço e está a trabalhar nesse sentido.
Ruas lembrou que a autarquia tem estado empenhada em encontrar quem possa concluir o projeto e, assim, tentar salvar o projeto.
“A Câmara envolve-se como entidade facilitadora, fazendo contactos e encontrando gente que queira acabar o investimento. Se esta posição não resultar, não deixaríamos ficar como estava. Aceleraríamos tudo o que estivesse ao nosso alcance para que a situação se resolva, nomeadamente proceder à demolição, mas tínhamos todo o interesse porque acompanhámos o desenvolvimento do projeto e achámos que aquilo era importante para uma terra como a nossa”, explicou.
O parque aquático do Almargem deveria ter aberto ao público em 2015, mas o incumprimento do Estado e da banca portuguesa levou a que os investidores tentassem financiamento junto das instituições europeias.
O projeto teve início em 2008, tendo sido apoiado pela Agência para o Investimento e Comércio Externo de Portugal, mas rapidamente viu as suas aspirações de financiamento serem goradas.
Quatro anos depois, o financiamento começou a ter problemas e foi necessário reduzir o valor de investimento, tendo passado a ser de 16,5 milhões de euros para que fosse apresentada uma candidatura aos fundos comunitários.
A obra arrancou no final do verão de 2014, tendo o Turismo de Portugal avançado com um primeiro e único pagamento de pouco mais de um milhão de euros, mas foram detetadas irregularidades no processo e o empreendimento voltou a sofrer mais um corte. Com tudo isto, a banca retraiu-se e o projeto Almargem Water Resort ficou no papel.
Além das piscinas, o complexo incluía também um hotel, um parque de campismo e uma mini-hídrica, entre outras valências.