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O distrito de Viseu não registou vítimas de homicídio em 2022. A conclusão é da Associação Portuguesa de Apoio à Vítima (APAV) e do Observatório de Crimes de Homicídio, que divulgaram esta semana estatísticas relativas ao ano passado.
Este é o primeiro ano sem mortos, analisados os últimos nove relatórios disponibilizados. Além de Viseu, também Castelo Branco não contabilizou nenhuma vítima mortal no ano passado.
Segundo o relatório, em 2021 contabilizaram-se cinco homicídios. Na última década, o ano com o maior número de mortes na região de Viseu foi 2014, com seis casos. De acordo com o documento, não só não houve vítimas como também não houve utentes do distrito apoiados pela APAV.
Em 2021, a APAV apoiou três vítimas da região de Viseu. Já em 2020, ano de pandemia, foi o terceiro distrito do país com mais vítimas apoiadas (9), atrás de Lisboa e do Porto.
Em todo o país, em 2022, contabilizaram-se 88 homicídios consumados, sendo que 33 foram em contexto de violência doméstica, revela o relatório. Foram ainda registados 17 portugueses mortos no estrangeiro, três dos quais assassinados por pessoas que tinham ou tiveram uma relação de intimidade com a vítima.
Mais de 60 por cento dos autores de homicídios tentados e consumados nos casos apoiados pela APAV nesse período tinham uma relação de intimidade ou familiar com as vítimas. A associação ajudou 82 pessoas no ano passado, das quais 49 mulheres e 33 homens.
“No âmbito dos processos de apoio iniciados pela APAV em 2022, pode afirmar-se que 28,6% dos/as autores/as de homicídio tentado e 35,1% dos/as autores/as de homicídio consumado tinham uma relação de intimidade ou familiar com as vítimas”, refere a associação de apoio à vítima.
No caso dos autores de homicídios consumados, cinco eram casados com a vítima, outros três eram companheiros, dois eram namorados, outros dois eram familiares, e um era irmão.
Relativamente aos homicídios tentados, a situação é semelhante, com três dos casos a terem sido perpetrados pelo ex-companheiro, outro pelo ex-namorado e ainda outro por um familiar.
A APAV refere que “um homicídio não se resume ao ato em si e às pessoas diretamente envolvidas” e que, por isso, “é fundamental que os/as familiares e amigos/as beneficiem de apoio especializado”.