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Desde outubro que no prédio onde estão serviços de saúde e a Segurança Social que funciona um consultório médico que atende utentes que estão de passagem por Viseu ou migrantes que ainda não têm a sua permanência em território nacional legalizada.
Todos os dias da semana, entre as 15h00 e as 20h00, uma equipa médica presta assistência, principalmente a uma população que, sem médico de família, precisa de consultas regulares, como crianças até dois anos e grávidas.
“Tínhamos um atendimento de utentes esporádicos ou seja utentes que não estão inscritos no Agrupamento de Centros de Saúde (ACES) Dão Lafões, que são de outras partes do país e estão em trânsito por Viseu por causa do trabalho ou estudo e precisam de cuidados médicos e tínhamos, também, uma população migrante que tem vindo a aumentar. Estrangeiros que ainda não reúnem condições legais para ter médico de família e não se podem deixar sem assistência médica”, começou por referir Rita Figueiredo, diretora do ACES, que avançou a necessidade de encontrar solução numa comunidade que teve um “elevado” crescimento no último ano.
De acordo com esta responsável, antes a assistência era feita num sistema rotativo nas oito unidades funcionais de Viseu. Já no último ano, com a abertura da Unidade de Saúde Familiar São Teotónio, muitos dos utentes passaram a ser vistos neste espaço. “Mas esta população no último ano cresceu mesmo muito e na USF já estava a representar mais de 20 horas por semana de atendimento”. Então, com este aumento de necessidades “decidimos s fazer uma consulta colaborativa onde participam os profissionais de todas as unidades de Viseu”, acrescentou Rita Figueiredo.
“Há uma escala e em cada dia é uma unidade que está a fazer o atendimento desta população migrante e esporádicos”, reforçou, frisando que o trabalho da equipa (médico, enfermeiro e administrativo) é feito em horário suplementar.
A criação do Gabinete, em colaboração com a Câmara de Viseu, dá, assim, resposta a utentes que não estão no SNS. “Nós temos uma missão que é prestar os cuidados de saúde. Isto foi organizado em conjunto com as unidades funcionais, houve um consenso”, sustentou a diretora do ACES.
Rita Figueiredo sublinhou ainda que a maioria da população migrante é brasileira, indiana ou nepalesa, explicando que a comunidade ucraniana, que chegou com o estatuto de refugiada, está a ser atendida nas diferentes unidades funcionais de prestação de cuidados de saúde primários.