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Home » Notícias » Colunistas » Mário Soares e Ernesto Melo Antunes

Mário Soares e Ernesto Melo Antunes

 Mário Soares e Ernesto Melo Antunes - Jornal do Centro
30.11.24
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 Mário Soares e Ernesto Melo Antunes - Jornal do Centro

por
Joaquim Alexandre Rodrigues

Como se viu esta semana, os partidos mais à esquerda no parlamento não gostaram que a Assembleia da República assinalasse o 25 de Novembro de 1975. Um deles, o PCP, até decidiu primar pela ausência. Isto significa que ainda não estão completamente curadas as ressacas do chamado Verão Quente de 1975, verão que foi quente no clima e escaldante na política. 
Depois de o bispo de Braga ter sido humilhado por militares de esquerda no aeroporto de Lisboa, no dia 10 de Agosto, uma caterva zangada assaltou a sede do PCP da capital do Minho e pegou-lhe fogo. Dois dias depois, em Viseu, houve assaltos às sedes do PCP e de outros partidos de esquerda, para além de terem sido estraçalhadas duas lojas de simpatizantes comunistas. Houve doze feridos naquela noite.
A “rua”, tanto à direita como à esquerda, estava a armar-se e a autoridade do Estado diminuía todos os dias. Este caminho para o abismo foi atalhado por dois Homens com agá grande: Mário Soares (que sabia que só a democracia podia salvar o país e tinha força para mobilizar a população civil) e o major Ernesto Melo Antunes (que sabia o mesmo e tinha influência sobre os militares).
O 25 de Novembro de 1975 foi importante porque trouxe ordem às tropas e acabou com o manicómio e a indisciplina nos quartéis.
E o dia seguinte não o foi menos porque trouxe ordem à sociedade civil quando Ernesto Melo Antunes, numa comunicação televisionada a partir do Palácio de Belém, tirou o tapete aos direitolas revanchistas que queriam ilegalizar o PCP. Com a sua autoridade moral, o líder dos militares moderados avisou “que a participação do Partido Comunista Português” era “indispensável” e a nossa democracia tinha “de avançar com ele” e que, se tal não fosse feito, “os portugueses, sem mesmo saberem porquê”, iam lançar-se “uns contra os outros”.
Naqueles dias de todos os perigos estivemos a milímetros da guerra civil. 
A democracia foi salva por Mário Soares. A relutância da ala woke socialista em celebrar o 25 de Novembro é ignorante e estúpida.
A democracia foi salva por Ernesto Melo Antunes. O PCP deve-lhe muito. Faria bem mostrar a sua gratidão àquele capitão de Abril na cerimónia celebrativa do 25 de Novembro do próximo ano.

 Mário Soares e Ernesto Melo Antunes - Jornal do Centro

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