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Ana Rodrigues Silva
Para algumas crianças, ir ao médico, especialmente em contexto de urgência, gera medo e ansiedade. Alguns procedimentos terapêuticos podem ser percecionados como mais assustadores e dolorosos. Aliás, um dos maiores desafios na urgência pediátrica é o controlo da dor das crianças, tanto pela limitação de fármacos disponíveis, como pela sensibilidade das crianças mesmo em procedimentos menos invasivos. É por isso importante encontrar estratégias para minimizar essas emoções negativas e permitir que as crianças passem por procedimentos terapêuticos com o menor impacto possível.
Uma das técnicas utilizadas em contexto de urgência é a administração de protóxido de azoto, um gás que permite a sedação consciente da criança, permitindo que os procedimentos necessários sejam feitos sem dor, mantendo a criança sempre consciente.
É uma técnica segura e com larga experiência em todo o mundo e foi desenvolvida especialmente para ajudar as crianças a tolerar melhor procedimentos que podem ser dolorosos ou assustadores, como suturas, pensos, redução de fraturas, extração de corpos estranhos e colheitas de sangue.
O protóxido de azoto é administrado através de uma máscara facial, com um aroma adocicado e efeito rápido. Em apenas 3 a 5 minutos, as crianças sentem-se mais relaxadas, tornando a experiência menos stressante tanto para os pequenos como para os pais.
Este gás possui um efeito duplo: é analgésico, controlando a dor, e sedativo, aliviando a ansiedade. A recuperação é rápida: após 15 minutos as crianças podem retomar a sua vida normal.
É importante referir que as equipas de pediatras e enfermeiros estão devidamente formadas e capacitadas para administrar esta sedação, garantindo a segurança e conforto durante o procedimento. O nosso objetivo é proporcionar um ambiente mais calmo e acolhedor, onde as crianças possam receber os cuidados necessários sem dor.
Neste caso, não faz sentido manter procedimentos com dor, criar stress nas crianças e alimentar medos que podem condicionar tanto o presente como o futuro.
Através desta nova técnica pretendemos tornar o cuidado médico pediátrico mais confortável, humanizado e com possibilidade de memórias positivas para as crianças.
Ana Rodrigues Silva, Pediatra no Hospital CUF Viseu
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