O Académico de Viseu não conseguiu assegurar a subida à Primeira Divisão de andebol. Na fase decisiva, os academistas perderam com o S. Bernardo por 26-22 e também saíram derrotados frente ao Xico Andebol por 27-35.
Rafael Ribeiro, treinador do Académico de Viseu, admite que no primeiro jogo, frente ao S. Bernardo, “o grande problema foi no ataque”, pois admite que “22 golos marcados, é mesmo pouco”.
Quanto ao segundo duelo, frente ao Xico Andebol, o técnico assume que “já teve outros contornos” e aponta o dedo à Federação de Andebol de Portugal. Rafael Ribeiro assume que parecia que o conjunto de Guimarães estava a jogar “em casa” quando deveria ser “em campo neutro”.
“A nós só nos permitiram 32 pessoas na comitiva, incluindo atletas, portanto, se nós vamos para o jogo com 16 atletas e quatro oficiais, só podemos ter 12 pessoas na bancada. Isso não se verificou. O Xico Andebol parecia que estava a jogar em casa, tinha quase 50 pessoas na comitiva. Isso condiciona”, afirma.
O treinador academista conta que, no jogo de domingo, “as pessoas já iam preparadas” e que “houve foguetes e tudo”. Segundo Rafael Ribeiro, “as claques [do Xico Andebol] estavam como órgãos sociais do clube”.
“Eu nunca vi os órgãos sociais dos clubes, a publicidade e os patrocínios a fazerem tanto barulho como hoje (domingo) foi feito”, diz.
Rafael Ribeiro salienta ainda que a Federação “não fez qualquer tipo de publicidade” à fase de subida à Primeira Divisão. O técnico diz que “não houve qualquer tipo de divulgação, não houve qualquer tipo de transmissão, preferiram transmitir andebol de praia”.
Ainda sobre o jogo frente ao Xico Andebol, as críticas estendem-se também à dupla de arbitragem, que diz ter sido “tendenciosa e que deixou muito a desejar”.
Contas feitas, o Académico de Viseu vai continuar a disputar o campeonato da Segunda Divisão de Andebol na próxima temporada.
