joao azevedo
Autárquicas Novo presidente da Câmara de Viseu rejeita acordos para gerir concelho e aposta em diálogo
Delegado à mesa de voto consulta a lista de eleitores para a Câmara Municipal do Porto, 12 de outubro de 2025. Decorrem este domingo as eleições autárquicas em Portugal onde mais de 9,3 milhões de eleitores podem votar. Os eleitores vão escolher os órgãos dirigentes das 308 Câmaras Municipais, 308 Assembleias Municipais e 3.221 Assembleias de Freguesia, pelo que há três boletins de voto. MANUEL FERNANDO ARAÚJO/LUSA
Casas Bairro Municipal Viseu 3
casa-habitacao-chave-na-mao - 1024x1024
herdade santiago

No coração do Parque Natural da Serra de Aire e Candeeiros, há…

21.08.25

Reza a lenda que foi um árabe, há mais de mil anos,…

14.08.25

Seguimos caminho por Guimarães, berço de Portugal e guardiã de memórias antigas….

07.08.25
jose-damiao-tarouca-232
ps campanha
camapnha10
roteiro-caramulo-850x514
RESISTÊNCIA
mercado 2 de maio 1
Home » Notícias » Colunistas » ARU vs freguesias de Baixa Densidade

ARU vs freguesias de Baixa Densidade

 ARU vs freguesias de Baixa Densidade
11.06.25
partilhar
 ARU vs freguesias de Baixa Densidade

por
Cristofe Pedrinho

Num país marcado por assimetrias territoriais, regionais e pelo contínuo despovoamento do interior, as Áreas de Reabilitação Urbana (ARU) têm-se revelado uma ferramenta determinante para revitalizar territórios e melhorar a qualidade de vida das populações. Contudo, a sua aplicação em freguesias de baixa densidade tem sido, muitas vezes, fragmentada e insuficiente.

Em vez de abranger todo o território da freguesia, as ARU são delimitadas apenas a algumas aldeias, e mesmo nessas aldeias, apenas uma determinada zona é abrangida, deixando outras para trás.

Esta visão parcial da reabilitação não responde às exigências das nossas realidades. É essencial defender que, nas freguesias classificadas como de baixa densidade, a ARU abranja a totalidade do território — incluindo todas as aldeias e lugares que a compõem. Só assim será possível promover uma reabilitação justa, coesa e eficaz.

O caso do concelho de Viseu é paradigmático. Neste concelho, existem seis freguesias oficialmente reconhecidas como de baixa densidade: Calde, Cavernães, Côta, Ribafeita, São Pedro de France e a União de Freguesias de Barreiros e Cepões. Cada uma delas integra várias aldeias com edificado envelhecido, infraestruturas deficitárias e necessidades urgentes de intervenção. Focar a ARU apenas numa ou duas dessas aldeias é perpetuar desigualdades internas e criar novas assimetrias dentro da própria freguesia.

A reabilitação urbana não deve ser uma ação simbólica, limitada a centros mais visíveis ou “turisticamente promissores”. Pelo contrário, deve ser uma medida estrutural, capaz de criar condições reais para que todas as pessoas, independentemente da aldeia onde vivem, tenham acesso a habitação digna, espaço público qualificado e incentivos para investir e permanecer.

Cabe também à ANAFRE, liderar esta reivindicação. É urgente que esta entidade, que representa as freguesias portuguesas, lute por uma abordagem mais abrangente e justa das ARU, pressionando o legislador a reconhecer o direito de todas as aldeias à reabilitação e ao desenvolvimento e não apenas a uma escolha municipal ou da junta de freguesia.

Não se trata de aplicar medidas excecionais, mas de garantir que os princípios da coesão territorial e da igualdade de oportunidades sejam realmente cumpridos. Porque o futuro do interior não pode ser construído com políticas parciais. Precisa de compromissos sérios, abrangentes e sustentáveis para todas as freguesias e, dentro delas, para todas as suas aldeias.

Cristofe Pedrinho

Licenciado em Ciência Política e Administrativa

 ARU vs freguesias de Baixa Densidade

Jornal do Centro

pub
 ARU vs freguesias de Baixa Densidade

Colunistas

Procurar