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A concelhia do CDS de Resende desistiu da candidatura à Câmara para as eleições autárquicas. A estrutura local tinha avançado com o nome de Anabela Oliveira como cabeça de lista do partido.

Contudo, o nome foi rejeitado pela direção nacional, pela distrital de Viseu e pelo coordenador autárquico do CDS, que insiste numa coligação com o PSD com a candidatura liderada por Fernando Silvério, que foi eleito vereador da Câmara de Lamego nas últimas eleições.

A direção concelhia fala numa desconsideração da estrutura e dos militantes de Resende e, em protesto, retirou a candidatura de Anabela Oliveira.

“O CDS queria impor-nos uma coligação com o PSD, mas que não era benéfica para nós. E, então, nós propusemos não ir na coligação, mas sim fazer a nossa própria lista como fizemos há quatro anos”, diz o presidente da comissão política concelhia, Jorge Cardoso.

O centrista adianta que o nome de Anabela Oliveira foi aprovado por unanimidade, bem como o candidato à Assembleia Municipal, Alberto Dias. Contudo, a falta de resposta foi determinante para a retirada da candidatura.

“Não nos deram resposta nenhuma e nós estamos a três meses da eleição, pelo que achámos que não tínhamos condições porque tínhamos de apresentar a lista no Tribunal dentro de um mês e pouco. Como não tínhamos garantias, desistimos”, explica.

Jorge Cardoso garante ainda que a concelhia do CDS não vai participar em nenhuma coligação com o PSD.

“Há quem diga que o CDS vai fazer coligação na mesma, por cima de nós. Agora, não vai ter lá militantes de Resende. Não quer dizer que vamos votar noutro candidato, mas não faremos parte de nenhuma lista nem andaremos a apoiar a lista que poderá ter o nome do CDS, mas não será claramente do CDS”, lamenta o dirigente.

O Jornal do Centro contactou o presidente da distrital do CDS, José Pinto, que disse que só falava depois de conversar com Anabela Oliveira.

Mesmo assim, numa nota, a comissão política distrital de Viseu escreveu que, dado que a concelhia de Resende “deliberou não apresentar lista às Autárquicas de 2021 no concelho de Armamar e apoiar a candidatura independente Juntos por Armamar”, tornou-se imperativo “a responsabilidade de assumir uma candidatura onde a representatividade do CDS-PP tenha a dignidade que merece e justifica por tudo o que representam os seus militantes e simpatizantes, num município que também já foi liderado pelo CDS”, pelo que avançou com a coligação com o PSD.

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