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Jorge Marques
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Magda Matos
A banda de rock experimental Aurora Brava apresenta a 14 e 15 de novembro em Viseu o seu primeiro trabalho de estúdio. O EP “amar-te-ia mais se não ansiasse tanto pela urgência de um clímax mundial de ocorrências negativas” vai ser divulgado em primeira mão no Estabelecimento Prisional de Viseu, no dia 14 às 11h00, e no Carmo’81, no dia 15 às 15h15 e 22h00.
A banda liderada por Bruno Pinto e composta pelos músicos Ana Bento, Jasmim Pinto, Joaquim Rodrigues, Olívia Pinto e Ricardo Brito inspirou-se no pensador Agostinho da Silva – que viveu mais de 20 anos exilado no Brasil na sequência da oposição ao regime do Estado Novo e que morreu em 1994 – para produzir o seu primeiro trabalho discográfico.
O EP vai estar disponível em dezembro, mesmo a tempo de se fazer a festa de fim de ano com o desejo de “um clímax mundial de ocorrências negativas” que, segundo Bruno Pinto, está “relacionado ao pensamento de Agostinho da Silva” que desejava “uma sociedade mais livre do amor escravizante e inseguro, mais tolerante ao carácter único que cada ser traz consigo ao nascimento, menos consumista e radicalmente menos poluente”.
Segundo a associação cultural Gira Sol Azul, que promove o grupo, os Aurora Brava trazem na sua música “elementos de vários subgéneros da música alternativa onde discorrem letras intrincadas e melodias extáticas por entre laivos artrock e étnicos”.
Além dos concertos de apresentação, também vai haver no dia 15, às 14h30 no Carmo’81, uma conversa com Bruno Pinto e Marta Bernardes, responsável pelos programas de mediação e educação do Museu do Porto que desenvolve uma investigação a título pessoal sobre Agostinho da Silva.