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A banda instrumental viseense “Behind the REDGIANT” promove o seu primeiro álbum ‘How far is far away?’ e apresenta o vídeoclipe ‘Somewhere, somehow…’.
Composto por quatro elementos, o grupo formou-se em 2010. Atualmente conta com Rui Costa no baixo, Ricardo e Alexandre Sousa nas guitarras e Alexandre Tomás na bateria.
Após “alguns períodos de inatividade completa”, em 2021 reuniram-se as condições necessárias para iniciarem a gravação do primeiro álbum. Dennis Koehne – prestigiado produtor e engenheiro de som alemão – assumiu o papel de masterizar o álbum, a mesma figura que trabalhou com nomes como Lacuna Coil, Sodom, Moonspell, entre outros.
De acordo com o próprio, o álbum “é um excelente rock/metal instrumental, executado num nível bastante elevado (…) tive o prazer de masterizar o álbum completo da talentosa banda de prog metal instrumental”.
Como tudo começou
Sediados na cidade de Viseu, inicialmente a banda era constituída por Rui Costa, Ricardo Sousa, João Sousa na bateria e, pouco tempo depois, Pedro Ribeiro integrou os teclados.
“Eu e o Ricardo Sousa já fazíamos música para spots de TV, para filmes empresariais e curtas metragens. Começámos a achar que algumas dessas músicas tinham potencial para serem abordadas e produzidas de outra forma. Não com o intuito de agradar a um cliente, mas para nos agradar a nós”, explica Rui Costa.
“Dessa forma, começámos a fazer umas “jam sessions” (sessões de improviso) – eu, o Ricardo e o João Sousa que trabalhava comigo e era baterista… um grande baterista”, completa.
Rui reconhece períodos de inatividade completa que acabaram por se tornar, de certa forma, obstáculos difíceis de contornar.
“A troca de bateristas foi complicada… talvez tenha sido o maior obstáculo a par com a escassez de tempo (para praticarem). O Ricardo estava empenhado na gestão da empresa dele, o João emigrou para a Alemanha e eu tocava nos “Madame Limousine”, que nessa altura me tomavam bastante tempo”, diz.
Durante os intervalos de tempo registados, alterações foram feitas. As últimas aconteceram depois de 2017 com a entrada do guitarrista Alexandre Sousa (ex “BlackBird”) e, já em 2020, com a do baterista Alexandre Tomás (ex Fingertips).
Em 2021, reuniram todas as condições para tornar possível o sonho de vários artistas, a gravação de um álbum, o primeiro álbum “How far is far away?”
“Quando o Ricardo voltou a estar disponível para a banda, coincidiu com a separação de ‘Madame Limousine’ e convidamos o baterista João Esteves e, mais tarde, o Alexandre Sousa para mais uma guitarra”, explica Rui Costa.
“Antes de iniciarmos as gravações, ficámos novamente sem baterista. Tudo isto foi um longo processo… Quase que desistimos. Contudo, com a entrada do atual baterista Alexandre Tomás, acabámos por estabilizar a formação e finalmente gravar o disco. A masterização ficou, então, a cargo do produtor Dennis Koehne”, diz.
Em tom de brincadeira, Rui chega, ainda, a referir que o maior apoio veio por parte da família e amigos sendo que, “é preciso ser muito compreensivo para tolerar o (imenso) tempo que passamos a trabalhar no estúdio… eu não aguentava”;
A Banda
Inspirado na “misteriosa beleza do cosmos”, o nome da banda surge a partir das suas principais referências criativas – astrofísica, matemática e ciências. Rui explica que o nome em inglês (Behind the REDGIANT – Atrás do gigante Vermelho) permite que se internacionalize a banda.
“Achámos que este nome revela esse interesse, a curiosidade, o mistério… Infelizmente a humanidade despende muito mais tempo e dinheiro em guerras do que em educação e no seu próprio desenvolvimento. E esse desenvolvimento passa pela exploração espacial”, diz Rui.
“Uma coisa é certa, a nossa estrela – a quem chamamos Sol -, um dia se irá transformar numa Gigante Vermelha. A única possibilidade para a continuidade da humanidade e outras formas de vida existentes na terra, é mudar de planeta, não vai ser com guerras”, completa.
Relativamente aos espetáculos, o grupo atuou apenas uma vez. A 27 de Fevereiro, realizaram o seu primeiro concerto no Auditório Municipal de Gondomar. Até então, nunca tinham expressado qualquer tipo de vontade em atuar ao vivo, principalmente antes de gravarem o disco. No entanto fruto da insistência de amigos, levaram “a banda para a estrada”.
“Estávamos um pouco ansiosos, devo admitir. Muito preocupados em saber se seríamos capazes de reproduzir, ao vivo, o que temos no disco e com a mesma energia. E sim… tocámos com muito power… foi muito bom, com um som muito sólido”, admite Rui.
Como próximo grande objetivo, a banda pretende lançar um outro disco ao rentabilizar este álbum “ao máximo”. De acordo com o músico, a competitividade dentro do meio é algo com que nunca se tinha debatido, “pois quando alguém faz um disco de música ‘prog metal instrumental’ em Portugal, não pode estar a pensar em competir com nada nem com ninguém. É uma batalha perdida à nascença”, assume.
“Contudo, hoje é fácil fazer chegar a música a todo o lado, há uma democratização da arte, muito graças às novas tecnologias. Talvez esta facilidade em propagar a arte pelo ciberespaço nos permita chegar a quem gosta, seja lá onde for”, conclui.
Catarina Martins, amiga dos elementos da banda, caracteriza o grupo como uma experiência sonora que abraça diversas influências que não escondem, como o rock ou o metal, sem deixarem de transmitir um cunho próprio.
“A voz, se voz houvesse, seria a deles – de uma bateria decidida, poderosa, assertiva nos detalhes, acompanhada por um baixo coerente, firme e honesto.Das guitarras sofridas e enfurecidas, a coexistir em e entre harmonias”, afirma.