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A Binaural Nodar, no âmbito da participação na rede europeia Tramontana, tem patente a instalação audiovisual “A Valorização dos Baldios de Rebordinho e Malhadouro”, que evoca os 30 anos de atividade daquela Comunidade Local.
O trabalho estreou esta quinta-feira, 22 de maio, e pode ser visto no espaço Lafões Cult Lab, em Vouzela, até 20 de junho.
A instalação resulta de um trabalho de recolhas realizado no verão de 2024, a que se juntaram os testemunhos de antigos e atuais dirigentes, fundadores, população local e personalidades ligadas à temática dos baldios, “terrenos comunitários cuja origem é anterior à fundação da nacionalidade”, diz a organização.
A cerimónia de apresentação contou com a presença de cerca de duas dezenas de alunos da Escola Profissional de Vouzela, e o coordenador da Binaural Nodar, Luís Costa, deu conta do trabalho que é realizado pela associação e da preocupação que existe em valorizar o território, com temas como “a paisagem, a pastorícia, a gestão florestal, a água e as migrações”.
Do ponto de vista educativo, Luís Costa deixa também recomendações aos mais novos, “para que se inspirem e alarguem os horizontes ao longo da sua formação”.
A autora do documentário “A Valorização dos Baldios de Rebordinho e Malhadouro”, Liliana Silva, apresentou o trabalho, o processo criativo e mostrou “uma nova perspetiva sobre a Comunidade Local de Compartes, um organismo muito ativo a nível cultural, urbanístico e associativo”.
A instalação resulta de uma coprodução entre a Binaural Nodar e a Comunidade Local dos Baldios de Rebordinho e Malhadouro, com o apoio do Município de Vouzela, da Junta de Freguesia de Campia e é cofinanciado pelo programa Europa Criativa no contexto do projeto Rede Tramontana. A este propósito, o trabalho audiovisual vai ser divulgado nas redes sociais, com legendas em Português, Inglês e Francês.
Passeio sonoro destaca património ligado ao pisão em Paraduça
Já este sábado, 24 de maio, a Binaural Nodar dirige o passeio sonoro do Pisão, com lugar em Paraduça, na freguesia de Calde, em Viseu. O ponto de encontro para este percurso de escuta ativa é na Oficina do Ferreiro, pelas 9h00.
A iniciativa, segundo a organização, pretende recordar as artes e ofícios ligados a este edifício onde, noutros tempos, se produzia o burel com que se confecionavam as tradicionais capuchas, e é promovida pela Associação Social, Cultural, Desportiva e Recreativa de Paraduça. Com a parceria da Junta de Freguesia de Calde, do Município de Viseu e da Binaural Nodar.
Partindo da oficina do ferreiro, um pequeno espaço museológico e interpretativo onde será feita uma contextualização histórica deste ofício e dos seus instrumentos, os participantes vão ser desafiados a ouvir e gravar a paisagem sonora com recurso a diversos microfones disponibilizados pela associação Binaural Nodar.
O destino final será o pisão, junto ao rio Vouga, que tem sido, ao longo dos últimos anos, alvo de requalificação por parte da Associação de Paraduça. Também aqui há a oportunidade de saber mais sobre o funcionamento do edifício e a importância no enquadramento comunitário, sem esquecer a valorização da água.
A iniciativa termina com um momento de convívio e partilha com a população local. O passeio sonoro é gratuito, basta aparecer às 9h00 na Travessa do Ferreiro de Paraduça.
A atividade enquadra-se no projeto europeu Rede Tramontana, de que a Binaural Nodar é chefe-de-fila e cujo objetivo é o de recolher, documentar e divulgar o património cultural imaterial das sociedades rurais e de montanha da Europa.