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Cavalhadas de Vildemoinhos: Um cortejo de ‘luz e alegria’ que nasceu de uma promessa

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 Cavalhadas de Vildemoinhos: Um cortejo de ‘luz e alegria’ que nasceu de uma promessa - Jornal do Centro
23.06.23
fotografia: Jornal do Centro
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 Cavalhadas de Vildemoinhos: Um cortejo de ‘luz e alegria’ que nasceu de uma promessa - Jornal do Centro
23.06.23
Fotografia: Jornal do Centro
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 Cavalhadas de Vildemoinhos: Um cortejo de ‘luz e alegria’ que nasceu de uma promessa - Jornal do Centro
O Pavilhão das Cavalhadas de Vildemoinhos é, por estes dias, o centro do sentimento trambelo. Diz quem por ali passa que não há noite de trabalho que não entre madrugada dentro. Não pode faltar nada no dia 24 de junho, dia do padroeiro da povoação. São João é, aliás, a razão maior deste cortejo que sai nessa manhã do pavilhão rumo a Viseu. O santo e a fé. Uma tradição que remonta a meados do século dezassete. Na época não havia água para todos e os moleiros entraram com uma queixa em tribunal que acabaram por ganhar. O calendário apontava para as festas em honra de São João Batista e o povo trambelo prometeu ao santo que dali em diante lhe agradeceria sob a forma de promessa ter ganho a causa da água. 371 anos volvidos, Vildemoinhos continua a sair à rua. E antes das Cavalhadas se mostrarem em Viseu, os cavaleiros cumprem a promessa de irem até à capela de São João em São João da Carreira. “É uma tradição que não se inventa, ela existe mesmo e é comemorada em todas as manhãs de 24 de junho”, garante Carla Abibe, secretária da direção das Cavalhadas de Vildemoinhos. A aldeia trambela, como orgulhosamente gostam de a ver tratada, está há várias semanas junta, unida pelo muito trabalho, que, garantem, anualmente ter para levar avante o cortejo das Cavalhadas. “As pessoas respiram Cavalhadas. Toda a nossa dinâmica diária é baseada nas tarefas que temos de fazer. A aldeia toda está envolvida”, frisa Carla Abibe. O pavilhão das Cavalhadas é agora o lugar onde são ultimados todos os pormenores. Ninguém olha para o relógio e todos os segundos contam. Nuno Soares faz parte de uma das cinco equipas que constroem carros alegóricos. “Tentamos sempre melhorar de um ano para o outro”, assinala. Nuno é um dos cavaleiros que cumpre a promessa de sair de Vildemoinhos rumo a São João da Carreira. E assim é há 18 anos. “Não tem explicação. Só quem vive e quem é da terra é que sabe o que é dar a volta à capela, cumprir a promessa e vir para o desfile”, confessa O barulho das máquinas a trabalhar é a banda sonora por estes dias no Pavilhão das Cavalhadas. Telmo Polónio, outro dos construtores de carros alegóricos, não tem dúvidas de que “falar nas Cavalhadas é voltar aos tempos de infância”. Por isso, talvez por isso, tenha avançado este ano com um carro alegórico em forma de triciclo. “É o nosso primeiro meio de transporte”, lembra. O carro terá o tema de “sonhos de menino”. Meninos e meninas que também fazem parte das várias equipas do cortejo. Além dos carros alegóricos, as Cavalhadas de Vildemoinhos juntam grupos que chegam de fora do concelho, mas levam consigo grupos etnográficos trambelos. Exemplo disso são os Zés Pereiras e as Tricanas de Vildemoinhos. Dois grupos de que Pedro Costa faz parte. “As Cavalhadas são uma emoção forte. Nasci nesta terra. Sou trambelo. Gosto de participar. Tenho familiares nas Cavalhadas: o meu pai, a minha mãe, as minhas irmãs, a minha tia, o meu padrinho e as minhas primas”, descreve. Nos Zés Pereiras está Ricardo Patrício há oito anos. O grupo de bombos de Vildemoinhos junta pelo menos cinco dezenas de pessoas em cada atuação. “No fundo, queremos divertir o público”, explica. Já Nuno Almeida coordena o grupo dos Zés Pereiras. “Sou nascido e criado”, responde perentório quando lhe perguntamos se é de Vildemoinhos. E no grupo começou há 30 anos. Os Zés Pereiras nasceram em 1979. “Queriam fazer algo diferente no povo. Queriam alegrá-lo, dar-lhe algo que não havia cá. E conseguiram-no”, elogia. O tocador de bombos, que explica que “tocar nos Zés Pereiras não é um sentimento e sim uma euforia”, acrescenta que “as Cavalhadas foram criando impacto”. Nuno Almeida entende que “de há alguns anos para cá evoluíram muito”. “Nota-se nos carros. Estes homens empenham-se e transformam-se. É dia e noite aqui”, vinca. Na sede da Associação, os pormenores são ultimados e há ensaios das Tricanas. O grupo etnográfico surgiu em Vildemoinhos em 1936 e esteve durante alguns anos parado. Em 2019, Carla Abibe e Anabela Abreu avançaram na recuperação de temas, letras e costumes trambelos e beirões e relançaram as Tricanas de Vildemoinhos. O grupo sairá também no cortejo das Cavalhadas. “A beleza que fazemos sair de Vildemoinhos na manhã de 24 de junho é mesmo grandiosa. A luz e a alegria do cortejo contagiam as pessoas que estão a ver. É isso que faz com que, ano após ano, consigamos atrair cada vez mais gente à cidade de Viseu”, garante Carla Abibe. A responsável acredita que o cortejo trambelo tem “tido o cuidado de acompanhar a evolução dos tempos”, mas assegura que o foco nunca foi perdido e está no cumprimento de uma promessa. “Para nós, a fé, a crença em São João Batista é o que nos orienta para todo o trabalho que demonstramos no dia 24 de junho”, assinala. Garantindo que “enquanto o mundo for mundo vamos ter Cavalhadas” Carla Abibe ressalva que a obrigação das gentes de Vildemoinhos é a de “perpetuar a tradição”. O bairrismo é tal que, por aqui, há uma certeza: Cavalhadas só existem as de Vildemoinhos. “Tudo o resto é uma outra manifestação cultural, que respeitamos, que tem uma origem, mas não terá sido uma origem tradicional. Muito menos, não terão estes cerca de 300 anos que se diz que, outras Cavalhadas, por aqui perto têm”, garante Carla Abibe. Uma coisa é certa, Vildemoinhos seguirá para Viseu na manhã de 24 de junho. Assim acontece há mais de três séculos. Tudo por causa de uma promessa feita a São João.
 Cavalhadas de Vildemoinhos: Um cortejo de ‘luz e alegria’ que nasceu de uma promessa - Jornal do Centro
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