Antes de renovar o telhado ou substituir as telhas, é essencial tomar…
A Faculdade de Medicina Dentária, da Universidade Católica em Viseu, celebra 5…
Miauuu! Chamaram por mim? Sou a Bella, a gatinha mais fofinha, saltitante…
por
André Marinho
por
Joaquim Alexandre Rodrigues
por
Jorge Marques
Cinco mil alunos do primeiro ciclo da região Viseu Dão Lafões vão participar no projeto de inovação social “Comer bem, sorrir melhor”, que visa reduzir o risco de cáries e equilibrar a alimentação diária das crianças dos 6 aos 10 anos.
O projeto, dinamizado pela CIM Viseu Dão Lafões e pelas ordens dos Médicos Dentistas e dos Nutricionistas, foi apresentado esta segunda-feira (21 de março), para assinalar o Dia Mundial da Saúde Oral. Só a Comunidade Intermunicipal Viseu Dão Lafões vai investir 45 mil euros na iniciativa.
O secretário executivo da CIM, Nuno Martinho, refere que o plano vai envolver 22 agrupamentos de escolas dos 14 concelhos da região. “Os objetivos são a promoção da saúde oral e de hábitos de nutrição saudável. Nós temos no primeiro ciclo 5.000 alunos da nossa região, que vão ser neste momento o público-alvo do nosso projeto. E temos todas as escolas e todos os municípios envolvidos”, explicou o dirigente.
O projeto de inovação social “Comer bem, sorrir melhor” vai decorrer ao longo de 15 meses, sendo que uma carrinha afeta à iniciativa vai passar por todas as escolas da região. Maria Llanes, representante da Ordem dos Médicos Dentistas, acrescentou que a ideia é reduzir o risco de cáries em pelo menos 1.500 crianças.
“O nosso objetivo será ter 10.500 consultas de medicina dentária e de nutrição. Serão dinamizadas atividades e vamos entregar aos professores envelopes com recomendações para as famílias. As crianças que não têm risco vão levar pastas e escovas de dentes e as que têm risco especial levarão pastas com uma concentração alta do produto com o intuito de minimizar esse risco”, adiantou.
Já a presidente da Mesa do Conselho Geral da Ordem dos Nutricionistas, Bárbara Beleza, salientou que é também objetivo reduzir o número de crianças com excesso de peso, além de “aumentar em cinco pontos percentuais o número de crianças que consumem hortofrutícolas diariamente e aumentar a literacia em saúde, alimentação e nutrição”.
O projeto foi elogiado pelo secretário de Estado Adjunto e da Saúde, António Lacerda Sales.
“Iniciativas dos diferentes setores da esfera da saúde são projetos de louvar e, por isso, vamos com certeza continuar a trabalhar juntos. Vamos continuar a alargar o acesso aos cuidados de saúde oral. Temos de continuar este caminho de promoção de saúde e prevenção da doença, continuando a dotar os serviços de proximidade com valências para a prestação de cuidados de saúde oral”, acrescentou.
Com a guerra na Ucrânia e a vinda de refugiados para Portugal, António Lacerda Sales diz que o país está pronto para receber de braços abertos e ajudar em termos médicos quem fugiu da guerra.
“Sabendo que vivemos um momento particularmente difícil da nossa história, também agora motivado pelo conflito que se vive na Ucrânia, é um momento que deve convocar o melhor da ação política e da sociedade civil na resposta a esta crise humanitária. Estamos atentos à chegada a Portugal de crianças e jovens da Ucrânia, razão pela qual todos devem ter acesso aos mesmos cuidados de saúde oral existentes para a nossa população e a população residente no nosso país”, concluiu o secretário de Estado.
Ordem quer médicos dentistas no SNS
O projeto “Comer bem, sorrir melhor” foi apresentado na conferência “Definir uma Nova Agenda Pós-Pandemia”, onde o bastonário da ordem dos Médicos Dentistas, Miguel Pavão, lançou alguns desafios ao novo Governo, que em breve irá tomar posse, incluindo a inclusão dos dentistas no Serviço Nacional de Saúde.
“Propomos a adoção de uma nova agenda pós-pandémica para a saúde oral que possa, em primeiro lugar, definir um programa anual de investimento. Depois, queremos aproveitar o Plano de Recuperação e Resiliência numa real oportunidade para reformas nos cuidados de saúde primários, integrando os médicos dentistas e implementando a carreira da medicina dentária no Serviço Nacional de Saúde”, explicou.
O bastonário também propõe mudanças no programa do cheque-dentista, “corrigindo erros do passado e otimizando ganhos na saúde nomeadamente para os doentes diabéticos e as populações mais vulneráveis”, e alargar os apoios do PRR ao setor privado, lembrando que “98 por cento dos cuidados de saúde oral dos portugueses são garantidos pelos médicos dentistas do privado”.
Já a diretora-geral da Saúde, Graça Freitas, anunciou, numa mensagem gravada, a intenção de alargar o acesso aos cheques-dentista “a outros grupos vulneráveis”, além de “avaliar o risco de cárie dentária das crianças com quatro e com sete anos de idade” e também de “definir estratégias para, de forma progressiva, tornar possível a reabilitação oral nomeadamente através da disponibilidade de próteses dentárias”.
A conferência “Definir uma Nova Agenda Pós-Pandemia” decorreu no Museu do Quartzo, em Viseu.