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João Vicente, médico especialista em Cirurgia Geral na Unidade da Tiroide do Hospital CUF Viseu
De acordo com a Associação das Doenças da Tiroide (ADTI), as disfunções da tiroide apresentaram um aumento significativo durante as últimas décadas. Estima-se que, no mundo, cerca de 200 milhões de pessoas tenham algum problema na tiroide, contabilizando aproximadamente 11% dos europeus com disfunção.
Os tratamentos para as doenças da tiroide podem variar dependendo do tipo e da gravidade da condição, indo desde abordagens medicamentosas até intervenções cirúrgicas.
A tiroidectomia é uma cirurgia realizada para remover total ou parcialmente a glândula tiroide. Tradicionalmente, esta operação é feita através de um corte transversal na parte anterior do pescoço, conhecido como incisão cervical. Esta técnica é segura e comumente utilizada, no entanto, pode deixar uma cicatriz visível no pescoço, o que causa algum impacto estético.
A tiroidectomia por via transaxilar é uma técnica mais recente, minimamente invasiva, que permite remover a tiroide sem deixar cicatriz visível no pescoço. Nesta abordagem, o cirurgião faz pequenas incisões na axila e na região mamária, e chega até à tiroide através da criação de um túnel por baixa da pele. Com o auxílio de instrumentos endoscópicos, é possível realizar a cirurgia com uma visão ampliada e detalhada da zona da tiroide, o que facilita a preservação de estruturas importantes, como os nervos responsáveis pela voz e as glândulas paratiroides, que ajudam a controlar os níveis de cálcio no organismo.
Entre as principais vantagens desta técnica destacam-se a ausência de cicatriz no pescoço, a recuperação mais rápida e a possibilidade de menor dor e desconforto após a cirurgia. Além disso, é também possível a visualização mais precisa das estruturas anatómicas durante o procedimento.
A tiroidectomia por via transaxilar é indicada para doentes com nódulos benignos da tiroide, bócios pequenos ou de tamanho moderado, e outras doenças benignas que necessitem de remoção cirúrgica. No entanto, esta técnica não é recomendada para casos de tiroides muito volumosas, nódulos de grandes dimensões ou situações de tiroidite, uma inflamação da tiroide que pode dificultar a cirurgia e aumentar o risco de complicações durante a mesma.
Em resumo, a tiroidectomia por via transaxilar é uma alternativa moderna, segura e eficaz à cirurgia tradicional do pescoço. É especialmente indicada para doentes que valorizam o aspeto estético e pretendem evitar cicatrizes visíveis, sem comprometer a segurança nem o sucesso do tratamento cirúrgico.
João Vicente, médico especialista em Cirurgia Geral na Unidade da Tiroide do Hospital CUF Viseu
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