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Contestada ciclovia que está a ser construída no centro de Viseu

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 Contestada ciclovia que está a ser construída no centro de Viseu - Jornal do Centro
24.05.21
fotografia: Jornal do Centro
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 Contestada ciclovia que está a ser construída no centro de Viseu - Jornal do Centro
24.05.21
Fotografia: Jornal do Centro
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 Contestada ciclovia que está a ser construída no centro de Viseu - Jornal do Centro

A Câmara de Viseu está a construir uma ciclovia na Rua Mendonça, obra essa que já está a gerar polémica. Os comerciantes da zona consideram que a pista é ilegal e queixam-se de que a autarquia não avisou previamente sobre o arranque da empreitada.

Entretanto, já foi feita e entregue à Câmara uma petição a pedir a suspensão temporária da obra com cerca de 300 assinaturas.

A ciclovia vai nascer dentro do passeio que existe na rua, encurtando o espaço disponível para os peões e esplanadas.

Ângela Costa, proprietária do restaurante Copacabana, diz não ter dúvidas de que a pista “vai estragar a rua e vai tirar mobilidade a um passeio que era enorme” e que, caso a situação não melhore, “vai dar raia”.

“Aqui passava muita gente idosa e muitas crianças a brincar e não se tem visto nada. As pessoas passam todas para o outro lado da estrada. Isto está horrível, nem tem cabimento”, afirma. Para esta empresária, que perdeu metade dos clientes, a obra vai prejudicar “completamente” o negócio que mantém.

“Desde que começaram com a ciclovia, servi apenas dois almoços fora. Deixei de ter esplanada. As pessoas já não se sentam por causa do barulho. Hoje de manhã (esta segunda-feira, 24 de maio) não se podia estar aqui. O pó é horrível. A frutaria não tem acesso para descarregar. Na sapataria, ninguém passa para ver os sapatos”, diz.

Ângela Costa admite ser “a favor de tudo o que é para rentabilizar a nossa cidade” e que esta ciclovia até poderá ser “boa para as pessoas deixarem de andar tanto de carro”, mas diz que a obra devia ter sido feita de outra maneira.

“Nós fizemos um projeto alternativo em que a ciclovia seria do outro lado do jardim, dava na mesma para estacionar e era tudo viável”, revela.

A comerciante diz ainda que ela e os outros empresários da rua entendem que esta obra é ilegal, porque, argumenta, a União Europeia determina que as ciclovias não podem destruir passeios nem podem privar os cidadãos de andarem na rua e também aqueles que estão a trabalhar.

Já Sylvie Lopes, que abriu há poucos meses a sua loja, assume ter ficado surpreendida porque “ninguém avisou e soube pelos outros comerciantes”.

“Ficámos um pouco revoltados pela situação porque isto não tem jeito nenhum e estamos a tirar uma passagem bastante importante porque esta é uma das ruas mais movimentadas da cidade”, frisa.

A lojista não acredita que a ciclovia será uma mais-valia para as lojas da zona. “Havendo espaço, acho que é pena estar-se a ocupar o nosso passeio”, lamenta.

Ainda segundo a comerciante, a petição que foi enviada à Câmara de Viseu reivindica a revisão do projeto ou até a suspensão provisória da obra “para ver se conseguimos arranjar um consenso que não prejudique nem os ciclistas nem os peões e os comerciantes”.

Já Márcio Peçanha, outro dos lojistas, mostra-se mais preocupado com os acidentes que podem vir a ter na ciclovia e acredita que a obra “poderia ter sido feita de uma maneira melhor”.

“Acredito que vão acontecer muitos acidentes entre os peões e os ciclistas porque a ciclovia nunca passaria pela calçada dos peões. Podia passar por outro canto na rua”, diz.

Além da poluição sonora, o empresário aponta para outros constrangimentos como a concentração de pessoas à porta das lojas. “É o barulho o tempo inteiro, as pessoas transitando, umas esbarrando noutras, as senhoras a caírem. É muito ruim”, critica.

“Um engenheiro da Câmara disse-me que a pista ia ser mista entre peões e ciclistas. Porém, falámos com um advogado que mora na rua e ele disse que não existe isso e pediu mesmo para ser levantada essa hipótese na Câmara. Disseram que essa hipótese não existe, existe sim uma coima caso o peão venha a atrafegar na ciclovia”, acrescenta.

Sónia Lemos, que gere uma loja de pronto-a-vestir, também discorda do modo como a ciclovia está a ser feita.

“Não sou contra a ciclovia, mas sim o sítio onde está a ser feita porque esta é uma falta de respeito perante os comerciantes e os moradores. Nem sequer houve um aviso, simplesmente chegaram aqui, puseram as coisas e mais nada. A gente fica com um curto espaço para as pessoas poderem circular. Se passar um carrinho de bebé, mais ninguém passa no passeio porque a ciclovia está a tapá-lo”, lamenta acrescentando que não vê muitos ciclistas na zona. Não vê nenhuma vantagem para a ciclovia chegar à Rua Mendonça.

Autarquia assume constrangimentos

Em resposta às queixas, o vice-presidente da Câmara de Viseu, João Paulo Gouveia, admite os constrangimentos que a criação da ciclovia urbana está a criar na Rua Mendonça.

O autarca diz que a obra não teve a intenção de criar tantos problemas a quem vive e trabalha naquela artéria. “Sinto que devo, desde logo, despreocupar os comerciantes e os habitantes porque o Município tudo tem feito para que esta obra tenha o mínimo de implicações no dia-a-dia, nomeadamente no quotidiano das próprias pessoas”, explica.

João Paulo Gouveia acredita ainda que o bom tempo previsto para esta semana vai ajudar na conclusão desta obra.

“Sempre que fazemos obra, ela causa-nos obviamente algum transtorno. Esperamos muito rapidamente ter esta obra concluída e esperamos que o bom tempo já permita a aplicação de alguns materiais para que, rapidamente, possamos causar o mínimo de transtorno”, diz.

O autarca defende ainda que a ciclovia faz parte do futuro de Viseu e representa “um instrumento de aproximação e de devolver à cidade o território que muitas vezes foi ocupado por automóveis”.

“Nós queremos que exista aqui uma sinergia e uma mais-valia futura muito grande para os moradores, os comerciantes e a sustentabilidade ambiental. As ciclovias urbanas fazem parte da convivência e até da complementaridade dos meios de transporte e locomoção das pessoas”, remata.

Para esta quarta-feira (26 de maio), está marcada uma reunião entre comerciantes, moradores e autarquia para dar conta da situação da obra na Rua Mendonça.

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