Miauuu! Chamaram por mim? Sou a Bella, a gatinha mais fofinha, saltitante…
A taróloga Micaela Souto Moura traz as previsões do Tarot, na semana…
O Natal é um momento de união, onde o amor se torna…
por
Joaquim Alexandre Rodrigues
por
Jorge Marques
Muitos criadores de bovinos da raça arouquesa vão deixar a atividade por causa do aumento dos custos de produção. A Associação Nacional de Criadores da Raça Arouquesa (ANCRA), sediada em Cinfães, mostra-se preocupada com esta situação e critica o Governo pela falta de apoio aos produtores.
Os bovinos da raça arouquesa têm estado mais concentrados no norte do distrito de Viseu, entre outras zonas. Ao Jornal do Centro, o secretário geral da associação, Manuel Cirnes, diz que o setor vai sofrer já este ano uma baixa significativa.
“Temos muito agricultores que vão abandonar o setor. Os produtores vão reduzir de uma forma bastante significativa as suas atividades. Nos nossos cálculos e pelo que nos tem dito, vamos ter uma baixa de mais de 300 vacas, 300 reprodutoras já este ano, o que nos provoca dificuldades”, afirma.
Segundo o dirigente, os preços dos materiais utilizados pelos criadores têm aumentado nos últimos tempos e estão agora “caríssimos, desde as sementes aos fertilizantes, além do milho”. “Tudo está a crescer brutalmente e o consumidor final não consegue acompanhar o preço do produto final”, alerta.
O dirigente lamenta que as propostas da ANCRA tenham caído em saco roto e não poupa nas críticas à ministra da Agricultura, Maria do Céu Antunes. “Não estamos em ruína. Precisamos é do apoio do Ministério, de uma vez por todas. A senhora ministra não está vocacionada para isto e, como tal, não tem qualquer sensibilidade”, critica.
Manuel Cirnes espera que “alguém de repente olhe para isto e volte a criar condições” para que os produtores voltem ao ativo, “porque têm sido resilientes e têm aguentado”. Contudo, o secretário geral da ANCRA deixou um alerta.
“De certeza absoluta que, um dia destes, as serras vão ficar vazias e dar lugar a incêndios. E, depois, o Ministério da Agricultura não gasta dinheiro, mas o da Administração Interna gasta para o combate a incêndios. Aí, já ninguém repara”, conclui.