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De Viseu à Califórnia, artista portuguesa faz sucesso nos EUA com peças em croché

Foi em Moimenta da Beira, no distrito de Viseu, que aos 7 anos Fátima Centeio aprendeu com a avó a arte do croché

 De Viseu à Califórnia, artista portuguesa faz sucesso nos EUA com peças em croché
16.11.25
fotografia: Jornal do Centro
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 De Viseu à Califórnia, artista portuguesa faz sucesso nos EUA com peças em croché
16.11.25
Fotografia: Jornal do Centro
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 De Viseu à Califórnia, artista portuguesa faz sucesso nos EUA com peças em croché

As peças em croché da artista portuguesa Fátima Centeio chegaram à loja do Museu de Arte de San José, na Califórnia, a mais recente conquista nesta jornada criativa iniciada em Viseu e que faz sucesso nos Estados Unidos.

Foi em Moimenta da Beira, no distrito de Viseu, que aos 7 anos Fátima aprendeu com a avó a arte do croché. Esta dizia-lhe: “se é para fazer, é para fazer bem feito” e, com essa regra sempre presente, Fátima aperfeiçoou os pontos que hoje encantam os norte-americanos.

Apesar do croché ter estado sempre presente na sua vida, foi só depois de emigrar para Chicago, nos Estados Unidos, que esta arte ganhou uma nova dimensão no seu quotidiano.

Em entrevista à Lusa, Fátima, ex-professora de matemática, contou que o incentivo que recebeu de um grupo de mulheres em Chicago foi fundamental para resgatar a sua paixão pelo croché e dedicar-se completamente a essa arte.

“O croché entrou na minha vida a sério em 2019, já depois de me ter mudado com a minha família para os Estados Unidos. Aí, comecei a fazer parte de um grupo de mulheres portuguesas e brasileiras. Apoiávamo-nos muito umas às outras mas, mais importante, fazíamos muitos acessórios e peças para entregar aos sem-abrigo da cidade, como gorros, luvas, meias, cachecóis. Mas era tudo à base de tricô”, começou por explicar.

“Um dia resolvemos fazer um bazar com peças feitas por nós, para recolhermos dinheiro para entregar numa instituição de ajuda aos sem-abrigo aqui da zona, da qual éramos voluntárias. Foi aí que eu comecei a fazer o croché. Fiz várias coisas em croché e foi também aí que eu fiz o primeiro brinco”, disse.

Através de um ‘design’ próprio, Fátima Centeio criou a “Crochet by Heart”, dedicando-se quase exclusivamente a joias feitas em croché e desenvolvendo peças únicas entre brincos, anéis, pulseiras e colares.

O bazar de 2019 foi um sucesso, mas o impulso foi travado pela pandemia de covid-19.

Só em 2021, já com muito material acumulado, Fátima voltou aos bazares e, em 2022, participou na sua primeira feira.

“Eu estava muito nervosa, muito insegura. Perguntava-me: ‘Será que as pessoas vão gostar?’. Uma coisa era as minhas amigas portuguesas e brasileiras gostarem, porque o croché tem muita tradição em ambos os países, mas eu não sabia se as americanas gostariam”, recordou.

“Mas foi um sucesso. A partir daí, tem sido feira atrás de feira e com as pessoas sempre muito admiradas. Dizem que o que faço é totalmente novo, que nunca viram peças assim, e estas palavras vão-me incentivando cada vez mais”, refletiu a designer portuguesa, de 52 anos.

Quanto à inspiração para as suas peças, Fátima aponta para a natureza, mas também para a tradição portuguesa, assim como para a sua avó, que a ensinou a ter muita atenção aos detalhes.

“A inspiração vem-me naturalmente: da natureza, do que eu vejo à minha volta, das formas das coisas. Para ser sincera, se estou a assistir a uma palestra ou a outra coisa qualquer, a minha cabeça começa a divagar, começo a olhar para as linhas arquitetónicas do local e começo logo a imaginar mais um ‘design’. E vão surgindo assim as ideias”, explicou.

“Sou também muito influenciada pela minha parte portuguesa. Trago muito da tradição de Portugal para aqui. Os azulejos de Portugal, por exemplo, influenciam-me bastante. Esta questão que nós temos em Portugal, de dar muita importância à tradição, acho que é algo que me diferencia nos Estados Unidos. Além disso, dou muita atenção ao detalhe, por influência da minha avó”, observou.

Fátima Centeio confessou à Lusa que foi com grande surpresa e entusiasmo que recebeu recentemente o convite do Museu de Arte de San José para ter as suas peças na loja dessa instituição californiana, a acompanhar a exposição “Pontas Soltas” do artista Ektor Garcia, que usa igualmente técnicas de croché nas suas instalações. 

A artista portuguesa conta que foi contactada pela gerente da loja do Museu, que viu os seus colares na internet e manifestou muito interesse em ter as peças durante a exposição de Ektor Garcia.

“É um marco importante, porque o meu trabalho está a chegar mais longe do que eu. Eu não tenho conhecimentos lá [na Califórnia], não foi através de alguém que me indicou. Não sei como chegaram até ao meu trabalho, mas estou cheia de orgulho e muito feliz”, celebrou.

Sobre projetos futuros, Fátima Centeio sonha em abrir o próprio ateliê, tendo já recebido pedidos de clientes para ensinar a sua técnica.

“É um passo de cada vez. Tenho muitos projetos, muitas ideias para avançar. Mas sou só uma, tenho que conseguir dar conta de tudo. Mas adoro dar aulas, ainda tenho esse gosto de ensinar e as pessoas pedem-me imenso nas feiras para que eu ensine esta arte. (…) É algo que me agradaria imenso fazer”, admitiu.

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