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O PSD, que lidera a Câmara de Viseu há 36 anos, 28 dos quais com Fernando Ruas a presidente, foi derrotado nas eleições autárquicas de domingo pelo PS, com uma lista encabeçada por João Azevedo.
Num concelho governado pela direita desde que há autárquicas, o “dinossauro” social-democrata Fernando Ruas regressou em 2021 à cadeira do poder (na qual tinha estado entre 1989 e 2013) e contava ser eleito para mais um mandato, que dizia ser o último.
No entanto, João Azevedo – antigo presidente da Câmara de Mangualde que já em 2021 tinha defrontado Fernando Ruas – conseguiu agora a vitória que tanto ansiava, ao conquistar 42,28% dos votos (quatro mandatos), contra os 40,88% (quatro mandatos) obtidos pelo PSD. O Chega elegeu pela primeira vez um vereador na capital de distrito, ao conseguir 8,53% dos votos.
Em 2021, o PSD tinha obtido 46,68% dos votos (cinco mandatos) e o PS 38,26% dos votos (quatro mandatos).
Além da capital de distrito, houve também mudanças de partidos em Penedono, Resende, Santa Comba Dão, Tabuaço e São João da Pesqueira, sendo que, no último concelho, o presidente se manterá o mesmo.
Em Penedono, a presidente da Câmara, Cristina Ferreira, tinha-se recandidatado pelo PSD para dar continuidade ao seu projeto, mas não foi além dos 40,14% dos votos (dois mandatos). A vencedora foi Sónia Numão, que voltou a ser a aposta do PS e conseguiu 53,53% dos votos (três mandatos).
Também no norte do distrito de Viseu, em Resende, o vereador da oposição Fernando Silvério tentou novamente a sorte e repetiu a candidatura, liderando a coligação PSD/CDS-PP, desta vez com sucesso. Obteve 56,26% dos votos (três mandatos), contra os 38,63% (dois mandatos) do PS.
Em 2021, enquanto candidato apenas pelo PSD, Fernando Silvério perdeu por uma diferença de 143 votos, mas no domingo ganhou ao estreante Jorge Caetano, que foi a aposta do PS.
No concelho de Santa Comba Dão, a coligação do PSD e da Iniciativa Liberal (IL), encabeçada por Inês Matos, conquistou 39,68% dos votos (três mandatos) e tirou o PS do poder.
Com Leonel Gouveia impedido de se recandidatar por ter atingido o limite de três mandatos consecutivos, o PS optou pela sua vice-presidente, Catarina Costa, que não foi além dos 36,40% dos votos (três mandatos). Já o movimento independente Santa Comba Mais, liderado por Miguel Sousa, terá um lugar na oposição, ao conseguir 14,97% dos votos.
Em Tabuaço, a coligação PSD/CDS-PP apostou pela primeira vez em Leandro Macedo para se tentar manter no poder, mas o PS acabou por vencer, com uma lista encabeçada pelo independente José João Patrício, que prometeu tirar o concelho da estagnação.
O PS conquistou 50,71% dos votos (três mandatos) e a coligação 41,94% (dois mandatos).
Em São João da Pesqueira, o poder passou das mãos do movimento independente Pela Nossa Terra para as do PSD, mas o presidente irá manter-se o mesmo, Manuel Cordeiro, que assim cumprirá o seu terceiro mandato.
Por acreditar que os munícipes votam “em pessoas e não em partidos”, Manuel Cordeiro aceitou o desafio de concorrer pelo PSD e obteve 75,88% dos votos e a totalidade dos cinco mandatos.
Também nos concelhos de Sernancelhe e Oliveira de Frades todos os cinco mandatos ficaram para o vencedor. No primeiro caso, o PSD obteve 78,47% dos votos e, no segundo, a coligação PSD/CDS-PP conseguiu 75,59% dos votos.
Desta forma, o PS venceu as eleições autárquicas no distrito de Viseu (em número de votos), ficando a governar onze das 24 câmaras (mais uma do que em 2021). O PSD conquistou oito câmaras sozinho e mais cinco em coligação (quatro com o CDS-PP e uma com a IL).