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E viva o Rock’n Roll por Carlos Peninha

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 E viva o Rock’n Roll por Carlos Peninha - Jornal do Centro
03.09.23
fotografia: Jornal do Centro
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 E viva o Rock’n Roll por Carlos Peninha - Jornal do Centro
03.09.23
Fotografia: Jornal do Centro
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 E viva o Rock’n Roll por Carlos Peninha - Jornal do Centro

Se bem me lembro, estávamos no início dos anos 80, seria final de Janeiro, e o grupo musical do qual fiz parte durante alguns anos, os Miller, foi convidado para tocar durante uma tarde de sábado no recinto da Feira de S.Mateus numa festa de promoção da marca Ford. Montámos a aparelhagem do grupo em cima de um semi-trailer Ford, como não podia deixar de ser. A aparelhagem era recente, e era fabricada em Viseu pela marca SEC (Serviços Electro Carmo). A tarde decorreu com muita gente a comparecer, para ver os modelos mais recentes e as demonstrações automobilísticas, e para surpresa geral uma avioneta fez um grande show aéreo pelos céus da Feira e Cava de Viriato. Estávamos nós a desmontar a aparelhagem pelas 6h da tarde, todos contentes com mais uma atuação daquelas que nem foi muito extensa, (por vezes em certos arraiais tocava-se das 15h às 24h só com um intervalo para jantar) quando somos abordados por uma malta toda bem composta de fatinho e vestidos de cerimónia, a perguntar se estávamos livres à noite, ao que respondemos prontamente que sim, já pensando em faturar mais alguma coisa.

Ora o que se passava era que ia acontecer ali no pavilhão A da Feira, um Baile de Finalistas e tinha surgido uma situação inesperada. Tinha acabado de chegar de Lisboa uma banda nova que tinha sido contratada para fazer um concerto no baile, e segundo a comissão de finalistas toda a gente pensou, ao acordar o cachet, que incluiria toda e qualquer aparelhagem de som que fosse necessária para a atuação da referida banda! Ora os 4 músicos chegaram num Peugeot 504 preto, apenas com três guitarras, uns pratos e uma tarola na bagageira! Sem uma aparelhagem de som não poderiam fazer nada! Nem amplificadores de guitarras e de baixo, nem microfones, nem o resto da bateria!
Bom, lá acordámos o valor para alugarmos o material de som e transferimos a aparelhagem para o pavilhão. Estavam também contratados para esse baile os Diapasão de Seia, uma banda que eu já conhecia muito bem e era assídua das melhores festas da região de Viseu apresentando um excelente repertório e arranjos, com o pormenor pouco visto por aqui na altura que era ter uma secção de metais.

Ao montar os equipamentos verificou-se que faltava um combo de guitarra, pois nós só tínhamos um guitarrista e um baixista! A solução foi encontrada no amplificador de baixo que tinha duas entradas, e assim ficou o baixo e a 2ª guitarra ligados num só amplificador. Acabei por ser um pouco o cicerone da banda e ao perguntarem-me de um local para jantarem, levei-os ao restaurante O Lorde que era perto! Decerto conversámos um pouco sobre as músicas e a vida de músico e fiquei a saber na altura, que por Lisboa as bandas não costumavam ter aparelhagens próprias pois existiam empresas que alugam os equipamentos (PA), podendo assim os músicos investirem o seu capital nas suas guitarras e demais instrumentos! Modernices!
O género musical do grupo, que tinha acabado de lançar o seu 1º álbum, era uma espécie de rock, com umas letras um pouco ousadas para um baile de finalistas, onde todas as famílias iam jantar e celebrar o fim dos estudos secundários com os debutantes filhos e filhas! Espreitando os alinhamentos com os títulos das músicas fixados numas folhas no chão do palco, podiam ler-se títulos de músicas como Sémen, Avé Maria, Quero-te, Morte lenta! Eu assistia a tudo na lateral do palco, pois estava responsável por verificar o bom manuseamento do equipamento musical, quando se aproximaram de mim, a meio do concerto, a comissão de finalistas com cara de poucos amigos, para quem está numa festa! Perguntaram-nos se, quando a banda acabasse a música que estavam a tocar, podiam falar ao microfone! Por nós é claro que sim, afinal eram eles que nos estavam a pagar! Quando a música terminou acercaram-se da frente do palco, a banda fez uma pausa, não saindo do palco, e ao microfone os finalistas pediram para as pessoas esperarem só mais um pouco mais porque o grupo Diapasão ainda iria tocar a valsa dos finalistas e muitas outras músicas para dançar, ao que obtiveram uma entusiasta salva de palmas! De seguida a banda retomou o concerto sem problemas.
Eram Tim, Kalú, Zé Pedro e Francis os músicos daquela banda naquela noite!

Foram outros tempos, a banda sobreviveu àquela interrupção do concerto, e os músicos da banda agora até já são comendadores da ordem do mérito, atribuída pelo Presidente Jorge Sampaio em 2004! Viva a República e viva o Rock’n Roll!

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