joao azevedo
Autárquicas Novo presidente da Câmara de Viseu rejeita acordos para gerir concelho e aposta em diálogo
Delegado à mesa de voto consulta a lista de eleitores para a Câmara Municipal do Porto, 12 de outubro de 2025. Decorrem este domingo as eleições autárquicas em Portugal onde mais de 9,3 milhões de eleitores podem votar. Os eleitores vão escolher os órgãos dirigentes das 308 Câmaras Municipais, 308 Assembleias Municipais e 3.221 Assembleias de Freguesia, pelo que há três boletins de voto. MANUEL FERNANDO ARAÚJO/LUSA
Casas Bairro Municipal Viseu 3
casa-habitacao-chave-na-mao - 1024x1024
herdade santiago

No coração do Parque Natural da Serra de Aire e Candeeiros, há…

21.08.25

Reza a lenda que foi um árabe, há mais de mil anos,…

14.08.25

Seguimos caminho por Guimarães, berço de Portugal e guardiã de memórias antigas….

07.08.25
jose-damiao-tarouca-232
ps campanha
camapnha10
roteiro-caramulo-850x514
RESISTÊNCIA
mercado 2 de maio 1
Home » Notícias » Concelho » Carregal do Sal » Em Carregal do Sal, a história aprende-se a céu aberto

Em Carregal do Sal, a história aprende-se a céu aberto

No coração da Região de Viseu, Carregal do Sal é um concelho que transpira história. História essa que recua 5.000 anos na linha do tempo, com um património arqueológico que faz deste local um verdadeiro museu a céu aberto

 Em Carregal do Sal, a história aprende-se a céu aberto
22.03.25
fotografia: Jornal do Centro
partilhar
 Em Carregal do Sal, a história aprende-se a céu aberto
22.03.25
Fotografia: Jornal do Centro
pub
 Em Carregal do Sal, a história aprende-se a céu aberto

Uma simples caminhada em Carregal do Sal transforma-se numa viagem ao passado com estruturas monumentais, testemunhas de rituais, enterros coletivos e histórias da vida das primeiras comunidades que habitaram a região. Carregal do Sal cruza o passado pré-histórico com o presente, cada monumento, carregado de lendas e magia, conta uma história que merece ser (re)conhecida.

Carregal do Sal é um dos locais no distrito de Viseu com mais estruturas arqueológicas que nos remetem ao pré-histórico. O concelho orgulha-se de ter 15 dólmens e outras estruturas funerárias identificadas, algumas delas integradas no Circuito Pré-Histórico Fiais/ Azenha, um dos mais antigos do país. Criado em 2001, este circuito é resultado do trabalho do município e da Junta de Freguesia de Oliveira do Conde, que abriga cerca de 90% destes monumentos.

Marco Lopes, arqueólogo e funcionário do município sente muito orgulho no património de Carregal do Sal, mas assume ser “uma grande responsabilidade”. Responsabilidade essa que o município tem assumido com dedicação, investindo na proteção, manutenção e contínua investigação científica.

Todos os anos, o município apoia campanhas de escavações arqueológicas em parceria com o Centro de Arqueologia da Universidade de Lisboa e o arqueólogo Fábio Silva, um dos especialistas envolvidos na descoberta destes tesouros.

A Mega Rota do Megalitismo: uma viagem no tempo

Carregal do Sal integra a Mega Rota do Megalitismo da CIM Viseu Dão Lafões, um percurso com mais de 500 km que inclui 14 municípios e destaca 28 monumentos megalíticos. Desses, três estão em Carregal do Sal, e cada um carrega um legado único. 

Um dos monumentos em destaque na rota é a Orca da Palheira, um caso único no país. Na década de 70, uma família construiu uma casa em volta do monumento e viveu ali durante anos. “Conhecidos como a família Planeta, eles transformaram a orca numa habitação, algo que desconheço em qualquer outro lugar do país”, explica Marco.

Já a Orca de Santo Tisco guarda um mistério com vestígios de pinturas num dos esteios, que se acredita representar o Sol. “É uma janela para o passado, que nos permite imaginar os rituais e crenças das comunidades que aqui viveram”, diz o arqueólogo.

O Dólmen da Orca também referido na rota da CIM Viseu Dão Lafões, é considerado monumento nacional há mais de 50 anos. Com uma laje de cobertura que pesa cerca de 30 toneladas, este dólmen é um dos maiores e bem conservados do país. “O seu excelente estado de conservação permite-nos perceber a arte e o seu peso, a dificuldade que deve ter sido a construção”, destaca Marco.

Mais do que monumentos: um habitat Pré-Histórico

O Habitat do Ameal foi o primeiro local habitacional descoberto na Beira Alta, revelando a existência de cinco cabanas e duas lareiras, oferecendo um exemplo da vida doméstica das comunidades neolíticas.

Os artefactos encontrados nestas escavações estão expostos no Museu Municipal Manuel Soares de Albergaria, um espaço que complementa a visita aos monumentos. “Aconselho a toda a gente que visita os monumentos a passar pelo museu para ver o que foi descoberto neles”, sugere Marco.

Um património que pertence a todos

Apesar de todos os monumentos que se encontram no município carregarem um passado rico, este património está integrado no quotidiano. “É completamente fascinante pois é história pura. História a céu aberto”, diz o arqueólogo. 

Os monumentos estão bem sinalizados, e os visitantes podem explorá-los livremente, sentindo-se parte de uma narrativa que começou há milhares de anos. Para quem quiser mergulhar nas profundezas do passado histórico, é possível solicitar aos municípios visitas guiadas com explicações detalhadas sobre as descobertas arqueológicas.

pub
 Em Carregal do Sal, a história aprende-se a céu aberto

Outras notícias

pub
 Em Carregal do Sal, a história aprende-se a céu aberto

Notícias relacionadas

Procurar