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A empresa Favir, em Santa Comba Dão, declarou insolvência e colocou todo o seu recheio à venda num leilão que está aberto para propostas até 28 de março. A antiga fábrica fechou as portas no ano passado, sendo que 32 trabalhadores perderam o emprego.
A fábrica está avaliada em mais de 1,1 milhões de euros. Entre os ativos em venda no leilão estão as instalações da empresa (quatro pavilhões e um posto de transformação) em Vimieiro, bem como equipamentos e maquinaria que eram utilizados para o fabrico de produtos metálicos.
O recheio inclui ainda stock, matéria-prima, mobiliário de escritório, material informático, outro mobiliário, eletrodomésticos e a marca Favir.
Em comunicado, a Leilosoc – a plataforma que está a gerir o leilão – recorda que a Favir foi fundada em 1961, iniciando a sua atividade com o fabrico de plásticos. Em 1964, a empresa passou a dedicar-se à produção de produtos de limpeza derivados do arame de aço, incluindo os famosos esfregões de aço impregnados com sabão.
“Esta marca identitária de Santa Comba Dão diferenciava no tecido industrial local, regional, nacional e internacional. De facto, a Favir exportava para praticamente todos os países europeus e africanos de língua oficial portuguesa a maior parte da sua produção de esfregões desengordurantes com sabão impregnado, de lã d’aço, de palha d’aço, de esfregões galvanizados, aço inoxidável e aço níquel”, acrescenta a nota.
A Leilosoc refere ainda que a venda da unidade industrial completa da Favir “constitui uma vantagem de investimento, uma vez que permite ao investidor dar continuidade à atividade da empresa”. Ao abrigo deste leilão, vão decorrer visitas aos ativos no dia 26 de março, das 10h30 às 12h30.
Segundo os dados do portal Citius, entre os credores da Favir estão, por exemplo, o Instituto da Segurança Social, o BPI, a Direção-Geral de Energia e de Geologia, a EDP Comercial e a Petrogal.
Entretanto, a concelhia do PSD de Santa Comba Dão já tinha emitido em agosto de 2023 um comunicado em que demonstrava “tristeza e preocupação” com o encerramento da Favir, adiantando que 32 trabalhadores ficaram desempregados por causa da situação, “quase todos mulheres”.
“A Favir era uma família e será sempre reconhecida por isso. Era também singular na sua especificidade empresarial, o que também a diferenciava no tecido industrial local, regional e nacional o que tanto nos orgulhava”, defendiam os sociais-democratas que são oposição na Câmara local, apelando a que haja “apoio e acompanhamento específico” aos antigos funcionários.