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Autárquicas Novo presidente da Câmara de Viseu rejeita acordos para gerir concelho e aposta em diálogo
Delegado à mesa de voto consulta a lista de eleitores para a Câmara Municipal do Porto, 12 de outubro de 2025. Decorrem este domingo as eleições autárquicas em Portugal onde mais de 9,3 milhões de eleitores podem votar. Os eleitores vão escolher os órgãos dirigentes das 308 Câmaras Municipais, 308 Assembleias Municipais e 3.221 Assembleias de Freguesia, pelo que há três boletins de voto. MANUEL FERNANDO ARAÚJO/LUSA
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GNR atingido a tiro em Vale de Madeiros ainda sofre com acidente. Arguido era visto como uma pessoa violenta

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 GNR atingido a tiro em Vale de Madeiros ainda sofre com acidente. Arguido era visto como uma pessoa violenta
29.05.23
fotografia: Jornal do Centro
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 GNR atingido a tiro em Vale de Madeiros ainda sofre com acidente. Arguido era visto como uma pessoa violenta
29.05.23
Fotografia: Jornal do Centro
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 GNR atingido a tiro em Vale de Madeiros ainda sofre com acidente. Arguido era visto como uma pessoa violenta

“Quando fui a Vale de Madeiros avisaram-me que ele era violento e turbulento”. Esta foi uma das frases proferidas em tribunal por Tiago Fernandes, o agente de execução que José Carlos Guerra não queria que se aproximasse da sua propriedade. Tiago Fernandes foi nomeado no âmbito do processo de partilha de bens entre o arguido e a ex-mulher que, na altura, atravessava um processo de divórcio.

Quando, em 2018, o agente de execução foi a Vale de Madeiros para uma primeira abordagem foi logo avisado para ter cuidado. Perante o coletivo de juízes, contou que por precaução fez um requerimento onde pedia apoio das forças de segurança. Mas, um despacho do tribunal, em 2021, dava conta de que Tiago Fernandes deveria ir ao local sem esse apoio, uma vez que José Carlos Guerra se havia mostrado disponível para abrir a porta de casa.

Em janeiro de 2022, José Carlos Guerra recebe uma carta onde é avisado dessa visita do agente de execução. Nem um mês depois, Tiago Fernandes desloca-se à antiga serralharia e mal podia imaginar o que viria a acontecer.

“Quando cheguei vi fumo a sair e pensei logo que ele estava a pregar alguma. Continuo a ver fumo e ouvem-se explosões”, conta o solicitador que por receio, naquele dia, acabou por ir acompanhado pelo pai.

Pouco depois, os bombeiros começam a chegar e foi aí que Tiago Fernandes diz ter percebido que era a ele que José Carlos Guerra queria atingir. “Se eu tivesse ficado ao pé do portão era a mim que ele atingia”, contou.

Para o agente de execução, o arguido “sabia muito bem em quem queria atirar”. “Andou lá o sobrinho, que lhe pediu para ele parar, andou de um lado para o outro e nunca foi atingido”, revelou.

Além de Tiago Fernandes, foram ainda ouvidos o pai deste, o militar da GNR atingido na perna, Carlos Cardoso e Luís Abrantes, o bombeiro atingido no abdómen.

Luís Abrantes foi o primeiro a falar e o único a arrancar alguma emoção ao arguido que, por momentos, desviou o olhar e tentou evitar as lágrimas. O bombeiro, que na altura era comandante interino, esteve cerca de quatro meses internado, seis semanas foram em coma e foi alvo de mais de 10 cirurgias.

“Quando sai [do hospital] não mexia as mãos, os pés, caíram as unhas, o cabelo. Tive que aprender a comer e a andar porque não tinha mobilidade”, contou.

O bombeiro, um dos três atingidos a tiro, disse perante o coletivo de juízes que desde esse dia a vida mudou e detalhou o filme daquela tarde.

“Vi dois bombeiros cair, 3 a 4 minutos depois de começarem o combate ao incêndio. Quando vi, mandei toda a gente recuar e aí vejo o Filipe [bombeiro] no chão, quando o vou ajudar sou atingido”, contou.

Luís Abrantes não conteve as lágrimas em diversos momentos, sobretudo quando contou que “é difícil passar de bombeiro a alguém que só mexe em papéis”. Atualmente, o bombeiro ainda usa um saco ligado ao intestino e está com incapacidade total para o trabalho operacional.

Quem também afirmou ainda sofrer com aquele 16 de fevereiro de 2022 foi Carlos Cardoso, o militar da GNR atingido numa perna.

“Hoje ainda sinto muita ansiedade, pânico e desconforto”, conta Carlos Cardoso que, desde então, é seguido em serviço de psicologia e psiquiatria. Questionado, assumiu que aquele episódio o deixou com algum “medo e receio” aquando do desempenho das suas funções.

O militar, que chegou ao local quase em simultâneo com os bombeiros, estava a fazer um cordão de segurança, “para evitar que populares se aproximassem”, acabou por ser atingido e perdeu os sentidos.

José Carlos Guerra está acusado pelo Ministério Público de 12 crimes: cinco por homicídio, quatro por coação agravados, um crime de incêndios, explosões e outras condutas especialmente perigosas, um crime de detenção de arma proibida e outro de resistência e coação sobre funcionário.

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