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A greve dos sapadores florestais que arrancou esta quinta-feira (22 de julho) teve uma adesão inferior à média nacional no distrito de Viseu, chegando aos 50 por cento contra os 90 por cento da adesão nacional.
O balanço é feito pelo coordenador do Sindicato Nacional da Proteção Civil, Alexandre Carvalho, que justifica os níveis de adesão com o que acredita ser as pressões sobre os sapadores.
“Ainda temos muitas equipas que são intimidadas a não ir à greve e são coagidas a isso, mas isso é uma questão que o sindicato vai resolver junto das entidades e autoridades competentes”, afirma.
Ainda assim, Alexandre Carvalho diz que as expetativas foram superadas. “Nós partimos com pouca expetativa devido ao abandono que o setor teve ao longo de 22 anos, mas conseguimos superar e ultrapassar todos os limites que podíamos desejar. Portugal está a ver o que são os seus sapadores florestais, o que fazem e o que lutam, e estamos a lutar por justiça”, reitera.
Nesta greve, os sapadores pedem o reconhecimento da profissão, melhores salários e estatuto profissional. Alexandre Carvalho revela que, na região, já há falta de equipas para tratar dos trabalhos de silvicultura preventiva e também para vigiar algumas zonas florestais.
A greve termina na sexta-feira (dia 23).