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Incêndios: Empresário de Sernancelhe perde oficina e ‘stand’ com prejuízo de mais de um milhão de euros

O negócio estava localizado na Estrada Nacional 229, em Sarzedas, Sernancelhe, há 15 anos

17.08.25
fotografia: Jornal do Centro
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17.08.25
Fotografia: Jornal do Centro
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Mais de um milhão de euros de prejuízo com a perda de um ‘stand’ automóvel e a oficina de reparação, com carros de clientes dentro, é a estimativa de um empresário de Sernancelhe cujo negócio ficou destruído pelas chamas na passada quinta-feira.

José Augusto contou à Lusa que instalou o seu negócio na Estrada Nacional 229, em Sarzedas, Sernancelhe, distrito de Viseu, há 15 anos, e, desde então foi “crescendo em tamanho e em número de clientes” e, “são tantos”, que, acaba mesmo por ter de recusar serviço.

“E tenho recusado, porque não gosto de cá ter os carros dos clientes. Mal eu sabia que isto ia acontecer e que me ia arder tudo! Parecia o fim do mundo com as labaredas a virem dos pinheiros a uns 30 metros de distância”, recordou.

Com um pavilhão com 630 metros quadrados e um espaço envolvente ao ‘stand’ na ordem dos 1.800 metros quadrados, José Augusto relatou que “ardeu tudo” e “não ficou nada”, nem os carros para venda, nem os dos clientes que estavam para arranjar.

“Aliás, alguns estavam prontinhos a entregar ao cliente. Só de clientes eram mais de 20. E uns meus, aliás, o da minha esposa. Ao todo foram 101 carros, com três motas incluídas e mais um trator que já estava arranjado para entregar”, contabilizou.

Os clientes são de “um pouco de todo o lado”, de Sernancelhe a outros concelhos do distrito de Viseu, até outros municípios de distritos vizinhos, ou mais longe, como Lisboa, neste caso, uma cliente que tinha já o carro pronto a entregar.

A juntar aos veículos, José Augusto indicou ter perdido com o incêndio “mais de 800 pneus novinhos e todo o equipamento da oficina, como elevadores e outras máquinas”, que eram várias, detalhou.

Quanto ao seguro, o empresário antevê que “não vai pagar muito, certamente” pelos prejuízos causados pelo incêndio e, em relação às viaturas que estavam na oficina para arranjar, “não há seguro” que cubra isso.

“O seguro só paga os carros dos clientes se for um erro técnico meu, na minha oficina, causado por mim. De resto, não fazem seguro, porque eu bem tentei fazer. Este não foi um erro na minha oficina”, lamentou.

A trabalhar com um “funcionário exemplar” na oficina, que “ainda tentou tirar carros dos clientes e outros do ‘stand’ que estavam mais afastados”, José Augusto disse que não é homem de “baixar os braços”, mas confessou que “é preciso pensar muito bem” no futuro.

“Não sou homem de dever a ninguém, tenho as minhas contas todas em dia. Precisamente meio ano antes, em 14 de fevereiro, terminei de pagar um empréstimo que fiz para investir aqui na oficina. Não sei. Tenho de ver que tipo de ajudas há e o que é possível fazer para decidir o meu futuro”, soltou o empresário de 52 anos.

A memória das chamas que atingiram o seu negócio na passada quinta-feira “não dão tréguas, não deixam dormir bem de noite”. Na conversa com a agência Lusa desabafou que, quando estava na estrada, com a mulher, “só pensava na aflição com que morreram os outros, dentro do carro”, em Pedrógão Grande, em Leiria, 2017.

“Cheguei mesmo a pensar que também lá ficaríamos, porque as chamas eram por todo o lado, na estrada, pensei que não conseguíamos fugir. Eu e a minha mulher”, contou.

José Augusto recordou que primeiro foi soltar os animais e colocá-los em segurança, depois foi tentar salvar os carros e andou “até à última”, por isso o regresso a casa, na Beselga, no concelho vizinho de Penedono, “foi penoso”.

Este incêndio teve origem em dois fogos – Sátão (distrito de Viseu) e Trancoso (distrito da Guarda) – e na sexta-feira tornou-se um só, que se alastrou a 11 municípios dos dois distritos.

Os 11 municípios são: Sátão, Sernancelhe, Moimenta da Beira, Penedono e São João da Pesqueira (distrito de Viseu) e Aguiar da Beira, Trancoso, Fornos de Algodres, Mêda, Celorico da Beira e Vila Nova de Foz Côa (distrito da Guarda).

O incêndio de Vila Boa, freguesia de Ferreira de Aves, em Sátão, teve alerta às 01:03 de quarta-feira, tendo no mesmo dia chegado aos municípios de Sernancelhe, também no distrito de Viseu, e ao de Aguiar da Beira, distrito da Guarda.

O alerta para o incêndio de Freches, no município de Trancoso, distrito da Guarda, aconteceu há uma semana, no dia 09, às 17:21.

Pelas 15:30, segundo a página da Autoridade Nacional de Proteção Civil, em Sátão estavam mobilizados 654 operacionais, apoiados por 211 veículos e três meios aéreos, e em Trancoso 422 operacionais, com 136 veículos e um meio aéreo.

No total, o incêndio mobilizava 1.076 operacionais, apoiados por 347 veículos e quatro meios aéreos.

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