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A líder do Bloco de Esquerda, Mariana Mortágua, acusou o governo de ter uma visão “preguiçosa” para o país. Em visita à Sementeira, uma iniciativa cultural do partido em Viseu, Mortágua defende que o programa económico apresentado pelo governo liderado por Luís Montenegro não olhou às potencialidades de Portugal. “Baixar impostos sobre as maiores empresas e, mais uma vez, apostar no turismo. O governo apresenta-nos um país sem visão. Não quer saber de olhar para o nosso território, ver as potencialidades para desenvolver por inteiro”, sustenta.
Dando como exemplo a Sementeira, enquanto demonstrativo de que “em Viseu há muita coisa para mostrar, que pode ser fonte de desenvolvimento regional e de emprego”, a líder bloquista lamenta uma economia “de baixos salários, muito especializada em turismo, pouco diversificada e produtiva e muito incapaz de enfrentar o futuro”.
Depois de assistir a uma leitura de textos à entrada da sede do Bloco de Esquerda em Viseu, onde decorre até este domingo a Sementeira, Mariana Mortágua defendeu uma “discriminação positiva a nível fiscal para as empresas e pessoas se fixarem no interior”. No entanto, a líder bloquista apelou a um outro olhar para o interior português e a uma “visão estratégica, aprofundada e inteligente para todo o território que nos pode levar a ter uma economia que nos ajudará a enfrentar o futuro”. Mortágua lembrou que “desde 1970 que o IRC baixa em Portugal”. “Sempre com o mesmo argumento: vamos baixar o imposto e a economia vai crescer. E o que cresceu desde então? O imobiliário, o turismo, a construção, a finança e nós não conseguimos ter uma economia desenvolvida. Está na altura de perceber que é preciso mudar de estratégia e olhar com vontade para o nosso território”, vincou.
Numa análise ao território da região de Viseu, a líder do Bloco de Esquerda lamentou as urgências pediátricas fechadas durante a noite na Unidade Local de Saúde Viseu Dão-Lafões, o encerramento da linha da Beira Alta e uma cultura “que sobrevive sem apoios, muito dependente de estruturas autárquicas”.
No dossiê da saúde, Mortágua entende que “este governo está a cometer os mesmos erros do anterior” ao não perceber que “não há SNS sem profissionais”. “Sem respeitar estas pessoas, o trabalho, a dedicação, e isso quer dizer progressão na carreira e salários, nós não conseguimos ter SNS. Se não damos perspetivas de carreira aos jovens, se não olharmos os jovens nos olhos e lhes dissermos que com trinta anos vai ganhar mais do que com vinte anos, com quarenta ganhará ainda mais, e com 50 mais ganhará, nós não conseguimos fixar jovens nem em Portugal, muito menos no interior. Para fixar jovens é preciso ter salários, perspetivas de futuro, de carreira. Isto vale para o SNS, vale para a escola, vale para toda a economia”, justificou.
Mariana Mortágua também se mostrou preocupada com o crescimento da extrema-direita em França. A coordenadora do Bloco de Esquerda defende que foi “a esquerda mais à esquerda” a dar visão de esperança a França, criticando o trabalho do presidente francês, Emmanuel Macron, a quem acusou de ter tido uma “uma política irresponsável, contra os franceses” e de destruir a “a capacidade de as pessoas olharem para o futuro com esperança”. “A extrema-direita é um perigo porque recolhe a desilusão para o futuro. É um perigo porque é assente na xenofobia, no ódio, no medo, na divisão. Por isso, hoje os olhos estão postos em França com medo do que vai acontecer no futuro”, sublinhou.