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Menos alunos? O Estado precisa repensar prioridades e apoios sociais, alerta presidente do Politécnico de Viseu

José Costa, presidente do Instituto Politécnico de Viseu, diz que há já três anos este diagnóstico estava feito

 Menos alunos? O Estado precisa repensar prioridades e apoios sociais, alerta presidente do Politécnico de Viseu - Jornal do Centro
25.08.25
fotografia: Jornal do Centro
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 Menos alunos? O Estado precisa repensar prioridades e apoios sociais, alerta presidente do Politécnico de Viseu - Jornal do Centro
25.08.25
Fotografia: Jornal do Centro
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 Menos alunos? O Estado precisa repensar prioridades e apoios sociais, alerta presidente do Politécnico de Viseu - Jornal do Centro

O Instituto Politécnico de Viseu (IPV) preencheu 53% das vagas abertas para o ano letivo 2025/2026 na primeira fase do concurso nacional de acesso ao ensino superior. O Conselho Coordenador dos Institutos Superiores Politécnicos adiantaram que os cerca de 14 mil alunos colocados no subsistema politécnico representam “uma redução significativa face ao ano transato”. José Costa, presidente do Instituto Politécnico de Viseu, diz que há já três anos este diagnóstico estava feito

Foram conhecidas as colocações para o ensino superior e os politécnicos, nomeadamente os do interior do país, sentiram uma diminuição no número de alunos. Aconteceu o mesmo em Viseu, e pedem uma mudança das regras. Concorda?

 A diminuição era expectável. Há cerca de três anos já sabíamos que, com as mudanças no secundário e no acesso ao ensino superior, em termos de exames atualmente exigidos, o número de candidatos iria diminuir. Na altura, manifestámos essa preocupação à senhora ministra e ao secretário de Estado Pedro Teixeira. Fizemos as contas e apontávamos para cerca de 10 mil candidatos a menos em 2025/26.

O que o país precisa é de olhar para o ensino superior de forma diferente e pensar como podemos, dentro de uma estratégia nacional, atrair mais alunos. No atual modelo, com estas variáveis e o contexto de défice demográfico cada vez mais acentuado, o futuro será muito diferente e, infelizmente, para pior. O país deve refletir estrategicamente sobre formas de cativar os seus jovens.

Mas, por exemplo, no Politécnico de Viseu, abriram mais vagas relativamente ao ano passado, mesmo sabendo que deveriam entrar menos alunos. Há alguma justificação?

Sim, há. O aumento de vagas deu-se sobretudo na formação de professores e estas vagas foram todas preenchidas. Hoje há um déficit de docentes, cujo impacto da abertura destas novas vagas só só se fará sentir em 2030. Curiosamente, há áreas tecnológicas que o país realmente precisa e que não conseguiram preencher as vagas disponíveis. Isto mostra que o país precisa refletir sobre o futuro do ensino superior. Daqui a dez anos, a rede de ensino superior será diferente daquela que temos hoje.

E que rede será essa?

As instituições vão ter de pensar em conjunto. É necessário que as pessoas e as regiões se potenciem mutuamente, criando pólos fortes e atrativos. Ignorar isso é colocar a cabeça debaixo da areia.Em termos de números, quantos alunos foram colocados no Politécnico de Viseu na primeira fase e quantos a menos em relação ao ano passado? Este ano tivemos menos 223 alunos, preenchendo 53% das vagas na primeira fase. Alguns resultados dos exames podem ainda aumentar o número de candidatos na segunda fase. A nossa expectativa é, tal como no ano passado, preencher praticamente todas as vagas através de outras formas de admissão. No ano passado, preenchemos um total de 2.500 vagas. Este ano, embora não saibamos se atingiremos esse número, os nossos protocolos nacionais e internacionais aumentaram e esperamos um novo crescimento de estudantes. Enquanto dirigente, o meu foco é tornar a instituição mais atrativa e melhorar as condições para receber os estudantes.

 A questão socioeconómica das famílias também contribui para menos alunos no ensino superior?

Sim, sem dúvida. O país precisa refletir sobre a relação entre formação e emprego. Hoje, com a taxa de desemprego muito baixa, se os jovens não se sentirem compensados pelo seu diploma em termos salariais, naturalmente ponderam se vale a pena estudar, quando podem ter um emprego com salário, em alguns casos, superior ao de quem estudou. Ter salários adequados à formação é um grande desafio. Outro ponto é o apoio social. Por exemplo, o valor atribuído aos estudantes nas residências universitárias é inferior ao que a instituição gasta. No exterior, o mesmo alojamento custa quase duas a três vezes mais. Toda a área social do ensino superior precisa de ser repensada.

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