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08 de 04 de 2021, 16:28

Diário

Jorge Coelho fica no jazigo da família em Contenças

Cerimónias fúnebres iniciam-se nesta sexta-feira na Basílica da Estrela, em Lisboa. Sábado, são em Mangualde

Jorge coelho

O corpo de Jorge Coelho vai ficar no jazigo da família em Contenças, no concelho de Mangualde. A cerimónia realiza-se no sábado (10 de abril), às 14h30. Antes, as homenagens ao ex-ministro socialista, que morreu na última quarta-feira (dia 7), são feitas em Lisboa.

Nesta sexta-feira (dia 9), o corpo de Jorge Coelho chegará à Basílica da Estrela por volta das 20h30 para o velório e apresentação de condolências. Já no sábado, haverá missa às 10h00. Depois da missa, segue então para a sua terra, Contenças.

Natural de Mangualde, Jorge Coelho morreu aos 66 anos na sequência de um ataque cardíaco fulminante quando se encontrava na Figueira da Foz.

Associado, desde o início, à ascensão do atual secretário-geral da ONU à liderança do PS, em 1992, e, mais tarde, já com os socialistas no poder, Coelho foi um dos membros do chamado “núcleo duro” de Guterres, onde também estavam António Vitorino e Joaquim Pina Moura.

E há 20 anos, após a queda da ponte de Entre-os-Rios, na noite de 4 de março de 2001, onde morreram 59 pessoas, assumiu as responsabilidades políticas pelo sucedido e - num gesto raro na política portuguesa - demitiu-se de imediato de ministro da Presidência e do Equipamento Social, com a tutela sobre as pontes, numa conferência de imprensa realizada madrugada dentro.

“Pelo respeito que merecem os que ali morreram e os que continuam a sofrer”, porque era “preciso retirar consequências políticas” e porque “a culpa não pode morrer solteira”, afirmou então, nessa madrugada, depois de conversas acaloradas com vários membros do Governo, incluindo António Guterres.

Depois disso, afastou-se da política ativa para se dedicar vida empresarial e, anos mais tarde, foi, de 2008 a 2013, presidente da Comissão Executiva da Mota-Engil, que deixou depois para abrir uma fábrica de queijo, na sua terra natal, Mangualde, a Queijaria Vale da Estrela. Uma veia empresarial que o levou a ser presidente da Assembleia Geral da Associação Empresarial de Viseu.

Integrava também o Conselho Geral do Instituto Politécnico de Viseu. Enquanto comentador político, e depois de ter passado pelos programas de debate na SIC e TVI, passou apenas a participar na Conversa Central, programa da Rádio Jornal do Centro.

Integrou, juntamente com outras individualidades, o Movimento Pelo Interior.

Jorge Paulo Sacadura Almeida Coelho nasceu em 17 de julho de 1954, e licenciou-se em Organização e Gestão de Empresas pelo Instituto Superior de Economia e Gestão da Universidade Técnica de Lisboa.